A Mídia na Vida Diária
Da mesma forma que a invenção da imprensa em meados do século XV
modificou profundamente a sociedade e a história, assim também as mudanças
fenomenológicas na tecnologia de comunicações do século XX estão alterando a
sociedade à medida que nos aproximamos do novo milênio. A Era Industrial está
rapidamente dando lugar à Era da Informação. O rápido desenvolvimento dos meios
de comunicação de massa, ao longo do século XX, modificou a forma como vivemos
e a forma como nossos filhos aprendem a passar seu tempo. Talvez a mudança mais
revolucionária para as famílias e as crianças tenha sido a invenção de um
poderosíssimo professor eletrônico: a televisão.
A televisão não é apenas onipresente, mas também ocupa um papel
proeminente na vida das crianças. A criança média norte-americana passa
aproximadamente 28 horas por semana assistindo televisão. No período de um ano,
as crianças norte-americanas em idade escolar passam duas vezes mais tempo
assistindo TV do que na sala de aula. O tempo gasto em frente ao televisor ou
tela de vídeo corresponde à maior parcela de tempo investida desde o despertar
da vida de uma criança norte-americana. Para muitas famílias, a televisão é
parte da sua formação. A família norte-americana média tem o televisor ligado
durante sete horas por dia. Sessenta por cento das famílias têm o televisor
ligado durante as refeições. Os pais muito ocupados podem utilizar a televisão
como uma babá.
As crianças passam hoje mais tempo aprendendo sobre a vida na
mídia do que em qualquer outra forma. A
mídia eletrônica é um professor notável para a juventude de hoje, bem como a
atrai fortemente. A combinação de informações visuais com auditivas faz a
televisão, os vídeos e os vídeo games e computadores muito mais atraentes do
que outros meios de comunicação de massa, tais como os livros.
As décadas recentes trouxeram mudanças adicionais. A TV a cabo,
videocassetes, vídeo games interativos e computadores pessoais apareceram, cada
vez mais, nos lares. Essas invenções não apenas afetaram a quantidade de tempo
gasto pelas crianças em frente a uma tela, como também fizeram mudanças
significativas no que elas estão assistindo. Os videocassetes, por exemplo,
permitem que as crianças assistam filmes e a programação veiculada tarde da
noite, a qual não está direcionada para elas. A TV a cabo e a Internet
expandiram amplamente o número de opções e forneceram acesso ao entretenimento adulto. Isto gera um desenvolvimento precoce da sexualidade dentre outras coisas.
Há uma correlação inversa entre o status sócio-econômico e o
tempo de permanência frente ao televisor: quanto mais baixa a renda familiar
maior o tempo gasto pelas crianças daquela família assistindo TV.
Apesar das múltiplas
causas da violência, a exibição de violência na mídia tem efeitos inequívocos.
Há correlações significativas entre a freqüente exposição à violência na
televisão e o comportamento agressivo, e as evidências indicam claramente que o
último é uma conseqüência da primeira.
Abaixo alguns conselhos para os pais:
1. Fique alerta para
os programas que seus filhos assistem. Estas sugestões são importantes para
todas as crianças, principalmente para as mais jovens: quanto mais jovem a
criança, mais impressionável ela é.
2. Evite usar a
televisão, vídeos ou video games como se fossem uma babá. Pode ser conveniente
para pais muito ocupados, mas pode acabar se tornando um padrão usual se
utilizar a mídia para entretenimento e diversão. Simplesmente desligar os
aparelhos não é, nem de longe, tão eficaz como planejar alguma outra atividade
divertida para a família.
3. Limite o uso da
mídia. O uso da televisão deve ser limitado a não mais de uma ou duas horas de
boa qualidade por dia. Estabeleça também limites de acordo com a situação: nada
de televisão ou video games antes da aula, durante o dia, na hora das refeições
ou antes que o tema de casa esteja feito.
4. Mantenha aparelhos
de TV e de video games fora dos quartos dos seus filhos. Colocá-los lá encoraja
o uso e diminui a capacidade de controle.
5. Desligue o
televisor durante as refeições. Utilize esse tempo para conversar e manter
contatos familiares.
6. Ligue a TV somente
quando houver algo específico que você decidiu que vale a pena assistir. Não
ligue a TV para ver se está passando alguma coisa. Decida com
antecedência se vale a pena assistir o programa. Identifique programas de alta
qualidade, utilizando avaliações ao selecioná-los.
7. Não transforme a TV
no ponto central da casa. Evite colocar a TV no lugar mais importante. As
famílias assistirão menos TV ou jogarão menos vídeo se os aparelhos não
estiverem literalmente situados no centro de suas vidas.
8. Assista o programa
que seus filhos estiverem assistindo. Isso permitirá a você saber o que eles
estão assistindo e lhe dará uma oportunidade de discuti-lo com eles. Seja
ativo: fale e faça conexões com seus filhos enquanto assistem o programa.
9. Tome cuidado
especial ao assistir programas antes de ir dormir. Imagens que provocam emoção
podem perdurar e atrapalhar o sono.
10. Informe-se sobre os
filmes que estão passando e sobre os vídeos disponíveis para venda ou aluguel.
Seja explícito com seus filhos sobre suas diretrizes quanto a filmes
apropriados e analise, antecipadamente, as escolhas de filmes propostos.
11. Torne-se um alfabetizado em
mídia. Isso significa aprender a avaliar criticamente as ofertas da mídia.
Primeiro aprenda você e depois ensine a seus filhos. Aprenda sobre publicidade
e ensine seus filhos a respeito de sua influência nos meios de comunicação que
eles usam.
12. Limite sua própria
permanência frente à televisão. Dê um bom exemplo através de sua moderação e
discriminação ao assistir programas. Seja cuidadoso quando as crianças
estiverem por perto e possam observar seu programa.
13. Faça-se ouvir. Todos
necessitamos elevar nossas vozes de tal forma que sejamos ouvidos por quem toma
as decisões sobre a programação e por seus patrocinadores. É necessário que
insistamos numa melhor programação para nossos filhos.
14. Uma expressão popular muito utilizada diz: um exemplo vale por
mil palavras. Se considerarmos que a imagem é também um exemplo, podemos, por
analogia, fazer a mesma afirmação.
Os educadores, talvez mais do que outros profissionais, sabem o
poder didático que qualquer imagem tem e se utilizam deste recurso com grande
freqüência, pode-se dizer, até, diariamente. A imagem tem o poder de criar e
recriar a realidade.
Vamos refletir sobre isto e fazer valer nossa condição de pais
educadores e construtores de uma nação mais crítica e reflexiva.
Danubia Rocha
Baseado no
livro:A televisão e a violência de (Maria
Beatriz Gomes da Silva)
Oi amiga, obrigado pelos presentes, vou postar ainda essa semana.
ResponderExcluirAdorei o post, vou recomendar pras minhas amigas.
Beijos
Ola vim te ver e dizer que estamos com atualizações no site beijaoo
ResponderExcluir