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Resenha do livro: POSTMAN, Neil. O Desaparecimento da Infância.

Resenha do livro: POSTMAN, Neil. O Desaparecimento da Infância. Tradução: Suzana Menescal de A. Carvalho e José Laurenio de Melo. Rio d...

História do Dia do Índio:


Comemoramos todos os anos, no dia 19 de Abril, o Dia do Índio. Esta data comemorativa foi criada em 1943 pelo presidente Getúlio Vargas, através do decreto lei número 5.540. Mas porque foi escolhido o 19 de abril?

Origem da data :

Para entendermos a data, devemos voltar para 1940. Neste ano, foi realizado no México, o Primeiro Congresso Indigenista Interamericano. Além de contar com a participação de diversas autoridades governamentais dos países da América, vários líderes indígenas deste contimente foram convidados para participarem das reuniões e decisões. Porém, os índios não compareceram nos primeiros dias do evento, pois estavam preocupados e temerosos. Este comportamento era compreensível, pois os índios há séculos estavam sendo perseguidos, agredidos e dizimados pelos “homens brancos”.
No entanto, após algumas reuniões e reflexões, diversos líderes indígenas resolveram participar, após entenderem a importância daquele momento histórico. Esta participação ocorreu no dia 19 de abril, que depois foi escolhido, no continente americano, como o Dia do Índio.

Comemorações e importância da data :

Neste dia do ano ocorrem vários eventos dedicados à valorização da cultura indígena. Nas escolas, os alunos costumam fazer pesquisas sobre a cultura indígena, os museus fazem exposições e os minicípios organizam festas comemorativas. Deve ser também um dia de reflexão sobre a importância da preservação dos povos indígenas, da manutenção de suas terras e respeito às suas manifestações culturais.
Devemos lembrar também, que os índios já habitavam nosso país quando os portugueses aqui chegaram em 1500. Desde esta data, o que vimos foi o desrespeito e a diminuição das populações indígenas. Este processo ainda ocorre, pois com a mineração e a exploração dos recursos naturais, muitos povos indígenas estão perdendo suas terras.

http://www.suapesquisa.com.br/
História do Dia do Índio:


Comemoramos todos os anos, no dia 19 de Abril, o Dia do Índio. Esta data comemorativa foi criada em 1943 pelo presidente Getúlio Vargas, através do decreto lei número 5.540. Mas porque foi escolhido o 19 de abril?

Origem da data :

Para entendermos a data, devemos voltar para 1940. Neste ano, foi realizado no México, o Primeiro Congresso Indigenista Interamericano. Além de contar com a participação de diversas autoridades governamentais dos países da América, vários líderes indígenas deste contimente foram convidados para participarem das reuniões e decisões. Porém, os índios não compareceram nos primeiros dias do evento, pois estavam preocupados e temerosos. Este comportamento era compreensível, pois os índios há séculos estavam sendo perseguidos, agredidos e dizimados pelos “homens brancos”.
No entanto, após algumas reuniões e reflexões, diversos líderes indígenas resolveram participar, após entenderem a importância daquele momento histórico. Esta participação ocorreu no dia 19 de abril, que depois foi escolhido, no continente americano, como o Dia do Índio.

Comemorações e importância da data :

Neste dia do ano ocorrem vários eventos dedicados à valorização da cultura indígena. Nas escolas, os alunos costumam fazer pesquisas sobre a cultura indígena, os museus fazem exposições e os minicípios organizam festas comemorativas. Deve ser também um dia de reflexão sobre a importância da preservação dos povos indígenas, da manutenção de suas terras e respeito às suas manifestações culturais.
Devemos lembrar também, que os índios já habitavam nosso país quando os portugueses aqui chegaram em 1500. Desde esta data, o que vimos foi o desrespeito e a diminuição das populações indígenas. Este processo ainda ocorre, pois com a mineração e a exploração dos recursos naturais, muitos povos indígenas estão perdendo suas terras.

http://www.suapesquisa.com.br/

18 DE ABRIL
DIA DO LIVRO INFANTIL


18 DE ABRIL
DIA DO LIVRO INFANTIL


As histórias infantis como forma de "consciência" de mundo:


É no encontro com qualquer forma de Literatura que os homens têm a oportunidade de ampliar, transformar ou enriquecer sua própria experiência de vida. Nesse sentido, a Literatura apresenta-se não só como veículo de manifestação de cultura, mas também de ideologias.

A Literatura Infantil, por iniciar o homem no mundo literário, deve ser utilizada como instrumento para a sensibilização da consciência, para a expansão da capacidade e interesse de analisar o mundo. Sendo fundamental mostrar que a literatura deve ser encarada, sempre, de modo global e complexo em sua ambigüidade e pluralidade.

Até bem pouco tempo, em nosso século, a Literatura Infantil era considerada como um gênero secundário, e vista pelo adulto como algo pueril (nivelada ao brinquedo) ou útil (forma de entretenimento). A valorização da Literatura Infantil, como formadora de consciência dentro da vida cultural das sociedades, é bem recente.

Para investir na relação entre a interpretação do texto literário e a realidade, não há melhor sugestão do que obras infantis que abordem questões de nosso tempo e problemas universais, inerentes ao ser humano.

"Infantilizar" as crianças não cria cidadãos capazes de interferir na organização de uma sociedade mais consciente e democrática.



Fases normais no desenvolvimento da criança:

O caminho para a redescoberta da Literatura Infantil, em nosso século, foi aberto pela Psicologia Experimental que, revelando a Inteligência como um elemento estruturador do universo que cada indivíduo constrói dentro de si, chama a atenção para os diferentes estágios de seu desenvolvimento (da infância à adolescência) e sua importância fundamental para a evolução e formação da personalidade do futuro adulto. A sucessão das fases evolutivas da inteligência (ou estruturas mentais) é constante e igual para todos. As idades correspondentes a cada uma delas podem mudar, dependendo da criança, ou do meio em que ela vive.



Primeira Infância: Movimento X Atividade (15/17 meses aos 3 anos):

Maturação, início do desenvolvimento mental;
Fase da invenção da mão - reconhecimento da realidade pelo tato;
Descoberta de si mesmo e dos outros;
Necessidade grande de contatos afetivos;
Explora o mundo dos sentidos;
Descoberta das formas concretas e dos seres;
Conquista da linguagem;
Nomeação de objetos e coisas - atribui vida aos objetos;
Começa a formar sua auto-imagem, de acordo com o que o adulto diz que ela é, assimilando, sem questionamento, o que lhe é dito;
Egocentrismo, jogo simbólico;
Reconhece e nomeia partes do corpo;
Forma frases completas;
Nomeia o que desenha e constrói;
Imita, principalmente, o adulto.

Segunda Infância: Fantasia e Imaginação (dos 3 aos 6 anos):

Fase lúdica e predomínio do pensamento mágico;
Aumenta, rapidamente, seu vocabulário;
Faz muitas perguntas. Quer saber "como" e "por quê ?";
Egocentrismo - narcisismo;
Não diferenciação entre a realidade externa e os produtos da fantasia infantil;
Desenvolvimento do sentido do "eu";
Tem mais noção de limites (meu/teu/nosso/certo/errado);
Tempo não tem significação - não há passado nem futuro, a vida é o momento presente;
Muitas imagens ainda completando, ou sugerindo os textos;
Textos curtos e elucidativos;
Consolidação da linguagem, onde as palavras devem corresponder às figuras;
Para Piaget, etapa animista, pois todas as coisas são dotadas de vida e vontade;
O elemento maravilhoso começa a despertar interesse na criança.

Dos 6 aos 6 anos e 11 meses, aproximadamente:

Interesse por ler e escrever. A atenção da criança esta voltada para o significado das coisas;
O egocentrismo está diminuindo. Já inclui outras pessoas no seu universo;
Seu pensamento está se tornando estável e lógico, mas ainda não é capaz de compreender idéias totalmente abstratas;
Só consegue raciocinar a partir do concreto;
Começa a agir cooperativamente;
Textos mais longos, mas as imagens ainda devem predominar sobre o texto;
O elemento maravilhoso exerce um grande fascínio sobre a criança.

Histórias para crianças (faixa etária / áreas de interesse / materiais / livros)

1 a 2 anos
A criança, nessa faixa etária, prende-se ao movimento, ao tom de voz, e não ao conteúdo do que é contado. Ela presta atenção ao movimento de fantoches e a objetos que conversam com ela. As histórias devem ser rápidas e curtas. O ideal é inventá-las na hora. Os livros de pano, madeira e plástico, também prendem a atenção. Devem ter, somente, uma gravura em cada página, mostrando coisas simples e atrativas visualmente. Nesta fase, há uma grande necessidade de pegar a história, segurar o fantoche, agarrar o livro, etc..

2 a 3 anos:

Nessa fase, as histórias ainda devem ser rápidas, com pouco texto de um enredo simples e vivo, poucos personagens, aproximando-se, ao máximo, das vivências da criança. Devem ser contadas com muito ritmo e entonação. Tem grande interesse por histórias de bichinhos, brinquedos e seres da natureza humanizados. Identifica-se, facilmente, com todos eles. Prendem-se a gravuras grandes e com poucos detalhes. Os fantoches continuam sendo o material mais adequado. A música exerce um grande fascínio sobre ela. A criança acredita que tudo ao seu redor tem vida e vivência, por isso, a história transforma-se em algo real, como se estivesse acontecendo mesmo.

3 a 6 anos:

Os livros adequados a essa fase devem propor "vivências radicadas" no cotidiano familiar da criança e apresentar determinadas características estilísticas.
Predomínio absoluto da imagem, (gravuras, ilustrações, desenhos, etc.), sem texto escrito, ou com textos brevíssimos, que podem ser lidos, ou dramatizados pelo adulto, a fim de que a criança perceba a inter-relação existente entre o "mundo real", que a cerca, e o "mundo da palavra", que nomeia o real. É a nomeação das coisas que leva a criança a um convívio inteligente, afetivo e profundo com a realidade circundante.
As imagens devem sugerir uma situação que seja significativa para a criança, ou que lhe seja, de alguma forma, atraente.
A graça, o humor, um certo clima de expectativa, ou mistério são fatores essenciais nos livros para o pré-leitor.
As crianças, nessa fase, gostam de ouvir a história várias vezes. É a fase de "conte outra vez".
Histórias com dobraduras simples, que a criança possa acompanhar, também exercem grande fascínio. Outro recurso é a transformação do contador de histórias com roupas e objetos característicos. A criança acredita, realmente, que o contador de histórias se transformou no personagem ao colocar uma máscara, chapéu, capa, etc..
Podemos enriquecer a base de experiências da criança, variando o material que lhe é oferecido. Materiais como massa de modelar e argila atraem a criança para novas experimentações. Por exemplo, a história do "Bonequinho Doce" sugere a confecção de um bonequinho de massa, e a história da "Galinha Ruiva" pode sugerir amassar e assar um pão.
Assim como as histórias infantis, os contos de fadas têm um determinado momento para serem introduzidos no desenvolvimento da criança, variando de acordo com o grau de complexidade de cada história.
Os contos de fadas, tais como: "O Lobo e os Sete Cabritinhos", "Os Três Porquinhos", "Cachinhos de Ouro", "A Galinha Ruiva" e "O Patinho Feio" apresentam uma estrutura bastante simples e têm poucos personagens, sendo adequados à crianças entre 3 e 4 anos. Enquanto, "Chapeuzinho Vermelho", "O Soldadinho de Chumbo" (conto de Andersen), "Pedro e o Lobo", "João e Maria", "Mindinha" e o "Pequeno Polegar" são adequados a crianças entre 4 e 6 anos.

6 anos a 6 anos e 11 meses:

Os contos de fadas citados na fase anterior ainda exercem fascínio nessa fase. "Branca de Neve e os Sete Anões", "Cinderela", "A Bela Adormecida", "João e o Pé de Feijão", "Pinóquio" e "O Gato de Botas" podem ser contadas com poucos detalhes.


CRISTIANE MADANÊLO DE OLIVEIRA. "LIVROS E INFÂNCIA" [online]


http://www.graudez.com.br/litinf/livros.htm


As histórias infantis como forma de "consciência" de mundo:


É no encontro com qualquer forma de Literatura que os homens têm a oportunidade de ampliar, transformar ou enriquecer sua própria experiência de vida. Nesse sentido, a Literatura apresenta-se não só como veículo de manifestação de cultura, mas também de ideologias.

A Literatura Infantil, por iniciar o homem no mundo literário, deve ser utilizada como instrumento para a sensibilização da consciência, para a expansão da capacidade e interesse de analisar o mundo. Sendo fundamental mostrar que a literatura deve ser encarada, sempre, de modo global e complexo em sua ambigüidade e pluralidade.

Até bem pouco tempo, em nosso século, a Literatura Infantil era considerada como um gênero secundário, e vista pelo adulto como algo pueril (nivelada ao brinquedo) ou útil (forma de entretenimento). A valorização da Literatura Infantil, como formadora de consciência dentro da vida cultural das sociedades, é bem recente.

Para investir na relação entre a interpretação do texto literário e a realidade, não há melhor sugestão do que obras infantis que abordem questões de nosso tempo e problemas universais, inerentes ao ser humano.

"Infantilizar" as crianças não cria cidadãos capazes de interferir na organização de uma sociedade mais consciente e democrática.



Fases normais no desenvolvimento da criança:

O caminho para a redescoberta da Literatura Infantil, em nosso século, foi aberto pela Psicologia Experimental que, revelando a Inteligência como um elemento estruturador do universo que cada indivíduo constrói dentro de si, chama a atenção para os diferentes estágios de seu desenvolvimento (da infância à adolescência) e sua importância fundamental para a evolução e formação da personalidade do futuro adulto. A sucessão das fases evolutivas da inteligência (ou estruturas mentais) é constante e igual para todos. As idades correspondentes a cada uma delas podem mudar, dependendo da criança, ou do meio em que ela vive.



Primeira Infância: Movimento X Atividade (15/17 meses aos 3 anos):

Maturação, início do desenvolvimento mental;
Fase da invenção da mão - reconhecimento da realidade pelo tato;
Descoberta de si mesmo e dos outros;
Necessidade grande de contatos afetivos;
Explora o mundo dos sentidos;
Descoberta das formas concretas e dos seres;
Conquista da linguagem;
Nomeação de objetos e coisas - atribui vida aos objetos;
Começa a formar sua auto-imagem, de acordo com o que o adulto diz que ela é, assimilando, sem questionamento, o que lhe é dito;
Egocentrismo, jogo simbólico;
Reconhece e nomeia partes do corpo;
Forma frases completas;
Nomeia o que desenha e constrói;
Imita, principalmente, o adulto.

Segunda Infância: Fantasia e Imaginação (dos 3 aos 6 anos):

Fase lúdica e predomínio do pensamento mágico;
Aumenta, rapidamente, seu vocabulário;
Faz muitas perguntas. Quer saber "como" e "por quê ?";
Egocentrismo - narcisismo;
Não diferenciação entre a realidade externa e os produtos da fantasia infantil;
Desenvolvimento do sentido do "eu";
Tem mais noção de limites (meu/teu/nosso/certo/errado);
Tempo não tem significação - não há passado nem futuro, a vida é o momento presente;
Muitas imagens ainda completando, ou sugerindo os textos;
Textos curtos e elucidativos;
Consolidação da linguagem, onde as palavras devem corresponder às figuras;
Para Piaget, etapa animista, pois todas as coisas são dotadas de vida e vontade;
O elemento maravilhoso começa a despertar interesse na criança.

Dos 6 aos 6 anos e 11 meses, aproximadamente:

Interesse por ler e escrever. A atenção da criança esta voltada para o significado das coisas;
O egocentrismo está diminuindo. Já inclui outras pessoas no seu universo;
Seu pensamento está se tornando estável e lógico, mas ainda não é capaz de compreender idéias totalmente abstratas;
Só consegue raciocinar a partir do concreto;
Começa a agir cooperativamente;
Textos mais longos, mas as imagens ainda devem predominar sobre o texto;
O elemento maravilhoso exerce um grande fascínio sobre a criança.

Histórias para crianças (faixa etária / áreas de interesse / materiais / livros)

1 a 2 anos
A criança, nessa faixa etária, prende-se ao movimento, ao tom de voz, e não ao conteúdo do que é contado. Ela presta atenção ao movimento de fantoches e a objetos que conversam com ela. As histórias devem ser rápidas e curtas. O ideal é inventá-las na hora. Os livros de pano, madeira e plástico, também prendem a atenção. Devem ter, somente, uma gravura em cada página, mostrando coisas simples e atrativas visualmente. Nesta fase, há uma grande necessidade de pegar a história, segurar o fantoche, agarrar o livro, etc..

2 a 3 anos:

Nessa fase, as histórias ainda devem ser rápidas, com pouco texto de um enredo simples e vivo, poucos personagens, aproximando-se, ao máximo, das vivências da criança. Devem ser contadas com muito ritmo e entonação. Tem grande interesse por histórias de bichinhos, brinquedos e seres da natureza humanizados. Identifica-se, facilmente, com todos eles. Prendem-se a gravuras grandes e com poucos detalhes. Os fantoches continuam sendo o material mais adequado. A música exerce um grande fascínio sobre ela. A criança acredita que tudo ao seu redor tem vida e vivência, por isso, a história transforma-se em algo real, como se estivesse acontecendo mesmo.

3 a 6 anos:

Os livros adequados a essa fase devem propor "vivências radicadas" no cotidiano familiar da criança e apresentar determinadas características estilísticas.
Predomínio absoluto da imagem, (gravuras, ilustrações, desenhos, etc.), sem texto escrito, ou com textos brevíssimos, que podem ser lidos, ou dramatizados pelo adulto, a fim de que a criança perceba a inter-relação existente entre o "mundo real", que a cerca, e o "mundo da palavra", que nomeia o real. É a nomeação das coisas que leva a criança a um convívio inteligente, afetivo e profundo com a realidade circundante.
As imagens devem sugerir uma situação que seja significativa para a criança, ou que lhe seja, de alguma forma, atraente.
A graça, o humor, um certo clima de expectativa, ou mistério são fatores essenciais nos livros para o pré-leitor.
As crianças, nessa fase, gostam de ouvir a história várias vezes. É a fase de "conte outra vez".
Histórias com dobraduras simples, que a criança possa acompanhar, também exercem grande fascínio. Outro recurso é a transformação do contador de histórias com roupas e objetos característicos. A criança acredita, realmente, que o contador de histórias se transformou no personagem ao colocar uma máscara, chapéu, capa, etc..
Podemos enriquecer a base de experiências da criança, variando o material que lhe é oferecido. Materiais como massa de modelar e argila atraem a criança para novas experimentações. Por exemplo, a história do "Bonequinho Doce" sugere a confecção de um bonequinho de massa, e a história da "Galinha Ruiva" pode sugerir amassar e assar um pão.
Assim como as histórias infantis, os contos de fadas têm um determinado momento para serem introduzidos no desenvolvimento da criança, variando de acordo com o grau de complexidade de cada história.
Os contos de fadas, tais como: "O Lobo e os Sete Cabritinhos", "Os Três Porquinhos", "Cachinhos de Ouro", "A Galinha Ruiva" e "O Patinho Feio" apresentam uma estrutura bastante simples e têm poucos personagens, sendo adequados à crianças entre 3 e 4 anos. Enquanto, "Chapeuzinho Vermelho", "O Soldadinho de Chumbo" (conto de Andersen), "Pedro e o Lobo", "João e Maria", "Mindinha" e o "Pequeno Polegar" são adequados a crianças entre 4 e 6 anos.

6 anos a 6 anos e 11 meses:

Os contos de fadas citados na fase anterior ainda exercem fascínio nessa fase. "Branca de Neve e os Sete Anões", "Cinderela", "A Bela Adormecida", "João e o Pé de Feijão", "Pinóquio" e "O Gato de Botas" podem ser contadas com poucos detalhes.


CRISTIANE MADANÊLO DE OLIVEIRA. "LIVROS E INFÂNCIA" [online]


http://www.graudez.com.br/litinf/livros.htm

    Origens da Literatura Infantil: 


O impulso de contar histórias deve ter nascido no homem, no momento em que ele sentiu necessidade de comunicar aos outros alguma experiência sua, que poderia ter significação para todos. Não há povo que não se orgulhe de suas histórias, tradições e lendas, pois são a expressão de sua cultura e devem ser preservadas. Concentra-se aqui a íntima relação entre a literatura e a oralidade.
A célula máter da Literatura Infantil, hoje conhecida como "clássica", encontra-se na Novelística Popular Medieval que tem suas origens na Índia. Descobriu-se que, desde essa época, a palavra impôs-se ao homem como algo mágico, como um poder misterioso, que tanto poderia proteger, como ameaçar, construir ou destruir. São também de caráter mágico ou fantasioso as narrativas conhecidas hoje como literatura primordial. Nela foi descoberto o fundo fabuloso das narrativas orientais, que se forjaram durante séculos a.C., e se difundiram por todo o mundo, através da tradição oral.
A Literatura Infantil constitui-se como gênero durante o século XVII, época em que as mudanças na estrutura da sociedade desencadearam repercussões no âmbito artístico.
O aparecimento da Literatura Infantil tem características próprias, pois decorre da ascensão da família burguesa, do novo "status" concedido à infância na sociedade e da reorganização da escola. Sua emergência deveu-se, antes de tudo, à sua associação com a Pedagogia, já que as histórias eram elaboradas para se converterem em instrumento dela.
É a partir do século XVIII que a criança passa a ser considerada um ser diferente do adulto, com necessidades e características próprias, pelo que deveria distanciar-se da vida dos mais velhos e receber uma educação especial, que a preparasse para a vida adulta.


As Mil e Uma Noites
Coleção de contos árabes (Alf Lailah Oua Lailah) compilados provavelmente entre os séculos XIII e XVI. São estruturados como histórias em cadeia, em que cada conto termina com uma deixa que o liga ao seguinte. Essa estruturação força o ouvinte curioso a retornar para continuar a história, interrompida com suspense no ar.
Foi o orientalista francês Antoine Galland o responsável por tornar o livro de As mil e uma Noites conhecido no ocidente (1704). Não existe texto fixo para a obra, variando seu conteúdo de manuscrito a manuscrito. Os árabes foram reunindo e adaptando esses contos maravilhosos de várias tradições. Assim, os contos mais antigos são provavelmente do Egito do séc. XII. A eles foram sendo agregados contos hindus, persas, siríacos e judaicos.
O uso do número 1001 sugere que podem aparecer mais histórias, ligadas por um fio condutor infinito. Usar 1000 talvez desse a idéia de fechamento, inteiro, que não caracteriza a proposta da obra.

Os mais famosos contos são:

O Mercador e o Gênio        
Aladim ou a Lâmpada Maravilhosa
Ali-Babá e os Quarenta Ladrões Exterminados por uma Escrava
As Sete Viagens de Simbá, o Marinheiro

O rei persa Shariar, vitimado pela infidelidade de sua mulher, mandou matá-la e resolveu passar cada noite com uma esposa diferente, que mandava degolar na manhã seguinte. Recebendo como mulher a Sherazade, esta iniciou um conto que despertou o interesse do rei em ouvir-lhe a continuação na noite seguinte. Sherazade, por artificiosa ligação dos seus contos, conseguiu encantar o monarca por mil e uma noites e foi poupada da morte.
A história conta que, durante três anos, moças eram sacrificadas pelo rei, até que já não havia mais virgens no reino, e o vizir não sabia mais o que fazer para atender o desejo do rei. Foi quando uma de suas filhas, Sherazade, pediu-lhe que a levasse como noiva do rei, pois sabia um estratagema para escapar ao triste fim que a esperava. A princesa, após ser possuída pelo rei, começa a contar a extraordinária "História do Mercador e do Efrit", mas, antes que a manhã rompesse, ela parava seu relato, deixando um clima de suspense, só dando continuidade à narrativa na manhã seguinte. Assim, Sherazade conseguiu sobreviver, graças à sua palavra sábia e à curiosidade do rei. Ao fim desse tempo, ela já havia tido três filhos e, na milésima primeira noite, pede ao rei que a poupe, por amor às crianças. O rei finalmente responde que lhe perdoaria, sobretudo pela dignidade de Sherazade.

Fica então a metáfora traduzida por Sherazade: "A liberdade se conquista com o exercício da criatividade".

CRISTIANE MADANÊLO DE OLIVEIRA. "A LITERATURA INFANTIL" [online]



    Origens da Literatura Infantil: 


O impulso de contar histórias deve ter nascido no homem, no momento em que ele sentiu necessidade de comunicar aos outros alguma experiência sua, que poderia ter significação para todos. Não há povo que não se orgulhe de suas histórias, tradições e lendas, pois são a expressão de sua cultura e devem ser preservadas. Concentra-se aqui a íntima relação entre a literatura e a oralidade.
A célula máter da Literatura Infantil, hoje conhecida como "clássica", encontra-se na Novelística Popular Medieval que tem suas origens na Índia. Descobriu-se que, desde essa época, a palavra impôs-se ao homem como algo mágico, como um poder misterioso, que tanto poderia proteger, como ameaçar, construir ou destruir. São também de caráter mágico ou fantasioso as narrativas conhecidas hoje como literatura primordial. Nela foi descoberto o fundo fabuloso das narrativas orientais, que se forjaram durante séculos a.C., e se difundiram por todo o mundo, através da tradição oral.
A Literatura Infantil constitui-se como gênero durante o século XVII, época em que as mudanças na estrutura da sociedade desencadearam repercussões no âmbito artístico.
O aparecimento da Literatura Infantil tem características próprias, pois decorre da ascensão da família burguesa, do novo "status" concedido à infância na sociedade e da reorganização da escola. Sua emergência deveu-se, antes de tudo, à sua associação com a Pedagogia, já que as histórias eram elaboradas para se converterem em instrumento dela.
É a partir do século XVIII que a criança passa a ser considerada um ser diferente do adulto, com necessidades e características próprias, pelo que deveria distanciar-se da vida dos mais velhos e receber uma educação especial, que a preparasse para a vida adulta.


As Mil e Uma Noites
Coleção de contos árabes (Alf Lailah Oua Lailah) compilados provavelmente entre os séculos XIII e XVI. São estruturados como histórias em cadeia, em que cada conto termina com uma deixa que o liga ao seguinte. Essa estruturação força o ouvinte curioso a retornar para continuar a história, interrompida com suspense no ar.
Foi o orientalista francês Antoine Galland o responsável por tornar o livro de As mil e uma Noites conhecido no ocidente (1704). Não existe texto fixo para a obra, variando seu conteúdo de manuscrito a manuscrito. Os árabes foram reunindo e adaptando esses contos maravilhosos de várias tradições. Assim, os contos mais antigos são provavelmente do Egito do séc. XII. A eles foram sendo agregados contos hindus, persas, siríacos e judaicos.
O uso do número 1001 sugere que podem aparecer mais histórias, ligadas por um fio condutor infinito. Usar 1000 talvez desse a idéia de fechamento, inteiro, que não caracteriza a proposta da obra.

Os mais famosos contos são:

O Mercador e o Gênio        
Aladim ou a Lâmpada Maravilhosa
Ali-Babá e os Quarenta Ladrões Exterminados por uma Escrava
As Sete Viagens de Simbá, o Marinheiro

O rei persa Shariar, vitimado pela infidelidade de sua mulher, mandou matá-la e resolveu passar cada noite com uma esposa diferente, que mandava degolar na manhã seguinte. Recebendo como mulher a Sherazade, esta iniciou um conto que despertou o interesse do rei em ouvir-lhe a continuação na noite seguinte. Sherazade, por artificiosa ligação dos seus contos, conseguiu encantar o monarca por mil e uma noites e foi poupada da morte.
A história conta que, durante três anos, moças eram sacrificadas pelo rei, até que já não havia mais virgens no reino, e o vizir não sabia mais o que fazer para atender o desejo do rei. Foi quando uma de suas filhas, Sherazade, pediu-lhe que a levasse como noiva do rei, pois sabia um estratagema para escapar ao triste fim que a esperava. A princesa, após ser possuída pelo rei, começa a contar a extraordinária "História do Mercador e do Efrit", mas, antes que a manhã rompesse, ela parava seu relato, deixando um clima de suspense, só dando continuidade à narrativa na manhã seguinte. Assim, Sherazade conseguiu sobreviver, graças à sua palavra sábia e à curiosidade do rei. Ao fim desse tempo, ela já havia tido três filhos e, na milésima primeira noite, pede ao rei que a poupe, por amor às crianças. O rei finalmente responde que lhe perdoaria, sobretudo pela dignidade de Sherazade.

Fica então a metáfora traduzida por Sherazade: "A liberdade se conquista com o exercício da criatividade".

CRISTIANE MADANÊLO DE OLIVEIRA. "A LITERATURA INFANTIL" [online]



Dia mundial do livro:   

Apesar do surgimento de tantas novas tecnologias, o livro ainda permanecerá muito tempo entre nós, apesar de muitos alardearem sua futura "aposentadoria". Ele ainda é a forma mais democrática e acessível de conhecimento, se considerarmos a população mundial como um todo. E, há lugar para todos, felizmente!

O dia-homenagem foi instituído pela Unesco em 1996. Ele é celebrado em cerca de 100 países, e mobiliza uma vasta rede internacional de editores, livreiros, bibliotecários, associações de autores, tradutores e muitos outros amigos da causa do livro e da leitura. É importante que se tome consciência dos benefícios econômicos, morais e cívicos da leitura, para que os indivíduos possam engajar-se na luta por um mundo melhor.
A escolha do dia deve-se ao fato que vários escritores consagrados, como Miguel de Cervantes, William Shakespeare, Vladimir Nabokov e Josep Pla, nasceram ou morreram em um 23 de abril.
O acesso à herança cultural através do livro possibilita o enraizamento do sujeito na comunidade, por dar-lhe suporte e coesão de idéias. O sentido comunitário do livro deve ser visto como prioritário, principalmente na educação das crianças, futuros cidadãos. Como em toda construção, o livro é um alicerce importantíssimo a formação de uma sociedade mais justa e igualitária.
"O livro constitui um meio fundamental para conhecer os valores, os saberes, o senso estético e a imaginação humana. Como vetores de criação, informação e educação, permitem que cada cultura possa imprimir seus traços essenciais e, ao mesmo tempo, ler a identidade de outras. Janela para a diversidade cultural e ponte entre as civilizações, além do tempo e do espaço, o livro é ao mesmo tempo fonte de diálogo, instrumento de intercâmbio e semente do desenvolvimento"



Fonte: Unesco
Dia mundial do livro:   

Apesar do surgimento de tantas novas tecnologias, o livro ainda permanecerá muito tempo entre nós, apesar de muitos alardearem sua futura "aposentadoria". Ele ainda é a forma mais democrática e acessível de conhecimento, se considerarmos a população mundial como um todo. E, há lugar para todos, felizmente!

O dia-homenagem foi instituído pela Unesco em 1996. Ele é celebrado em cerca de 100 países, e mobiliza uma vasta rede internacional de editores, livreiros, bibliotecários, associações de autores, tradutores e muitos outros amigos da causa do livro e da leitura. É importante que se tome consciência dos benefícios econômicos, morais e cívicos da leitura, para que os indivíduos possam engajar-se na luta por um mundo melhor.
A escolha do dia deve-se ao fato que vários escritores consagrados, como Miguel de Cervantes, William Shakespeare, Vladimir Nabokov e Josep Pla, nasceram ou morreram em um 23 de abril.
O acesso à herança cultural através do livro possibilita o enraizamento do sujeito na comunidade, por dar-lhe suporte e coesão de idéias. O sentido comunitário do livro deve ser visto como prioritário, principalmente na educação das crianças, futuros cidadãos. Como em toda construção, o livro é um alicerce importantíssimo a formação de uma sociedade mais justa e igualitária.
"O livro constitui um meio fundamental para conhecer os valores, os saberes, o senso estético e a imaginação humana. Como vetores de criação, informação e educação, permitem que cada cultura possa imprimir seus traços essenciais e, ao mesmo tempo, ler a identidade de outras. Janela para a diversidade cultural e ponte entre as civilizações, além do tempo e do espaço, o livro é ao mesmo tempo fonte de diálogo, instrumento de intercâmbio e semente do desenvolvimento"



Fonte: Unesco

BEM FEITO !!!!

ESSA CALOU OS AMERICANOS.! !!


SHOW DO MINISTRO BRASILEIRO DE EDUCAÇÃO NOS ESTADOS UNIDOS



Durante debate em uma universidade, nos Estados Unidos,o ex-governador do DF, ex-ministro da educação e atual senador CRISTÓVAM BUARQUE, foi questionado
sobre o que pensava da internacionalizaçã o da Amazônia.

O jovem americano introduziu sua pergunta dizendo que esperava a resposta de um Humanista e não de um brasileiro.

Esta foi a resposta do Sr.Cristóvam Buarque:

"De fato, como brasileiro eu simplesmente falaria contra a internacionalizaçã o da Amazônia. Por mais que nossos governos não tenham o devido cuidado com esse patrimônio, ele é nosso.

"Como humanista, sentindo o risco da degradação ambiental que sofre a Amazônia, posso imaginar a sua internacionalizaçã o, como também de tudo o mais que tem importância para a humanidade.

"Se a Amazônia, sob uma ética humanista, deve ser internacionalizada, internacionalizemos também as reservas de petróleo do mundo inteiro.O petróleo é tão importante para o bem-estar da humanidade quanto a Amazônia

para o nosso futuro. Apesar disso, os donos das reservas sentem-se no direito de aumentar ou

diminuir a extração de petróleo e subir ou não o seu preço."

"Da mesma forma, o capital financeiro dos países ricos deveria ser

internacionalizado. Se a Amazônia é uma reserva para todos os seres humanos, ela não pode ser queimada pela vontade de um dono, ou de um país.

Queimar a Amazônia é tão grave quanto o desemprego provocado pelas decisões arbitrárias dos especuladores globais. Não podemos deixar que as reservas financeiras sirvam para queimar países inteiros na volúpia da especulação.



"Antes mesmo da Amazônia, eu gostaria de ver a internacionalizaçã o de todos os grandes museus do mundo. O Louvre não deve pertencer apenas à França.

Cada museu do mundo é guardião das mais belas peças produzidas pelo gênio humano. Não se pode deixar esse patrimônio cultural, como o patrimônio natural Amazônico, seja manipulado e instruído pelo gosto de um proprietário

ou de um país. Não faz muito, um milionário japonês,decidiu enterrar com ele, um quadro de

um grande mestre. Antes disso, aquele quadro deveria ter sido internacionalizado.



"Durante este encontro, as Nações Unidas estão realizando o Fórum do Milênio, mas alguns presidentes de países tiveram dificuldades em comparecer por constrangimentos na fronteira dos EUA. Por isso, eu acho que Nova York,

como sede das Nações Unidas, deve ser internacionalizada. Pelo menos Manhatan deveria pertencer a toda a humanidade. Assim como Paris, Veneza, Roma, Londres, Rio de Janeiro, Brasília, Recife, cada cidade, com sua beleza específica, sua historia do mundo, deveria pertencer ao mundo inteiro.



"Se os EUA querem internacionalizar a Amazônia, pelo risco de deixá-la nas

mãos de brasileiros, internacionalizemos todos os arsenais nucleares dos EUA. Até porque eles já demonstraram que são capazes de usar essas armas, provocando uma destruição milhares de vezes maiores do que as lamentáveis queimadas feitas nas florestas do Brasil.



"Defendo a idéia de internacionalizar as reservas florestais do mundo em troca da dívida. Comecemos usando essa dívida para garantir que cada criança do Mundo tenha possibilidade de COMER e de ir à escola.

Internacionalizemos as crianças tratando-as, todas elas, não importando o país onde nasceram, como patrimônio que merece cuidados do mundo inteiro.



"Como humanista, aceito defender a internacionalizaçã o do mundo.

Mas, enquanto o mundo me tratar como brasileiro, lutarei para que a Amazônia

seja nossa. Só nossa!





DIZEM QUE ESTA MATÉRIA NÃO FOI PUBLICADA, POR RAZÕES ÓBVIAS. AJUDE A

DIVULGÁ-LA, SE POSSÍVEL FAÇA TRADUÇÃO PARA OUTRAS LÍNGUAS QUE DOMINAR.

BEM FEITO !!!!

ESSA CALOU OS AMERICANOS.! !!


SHOW DO MINISTRO BRASILEIRO DE EDUCAÇÃO NOS ESTADOS UNIDOS



Durante debate em uma universidade, nos Estados Unidos,o ex-governador do DF, ex-ministro da educação e atual senador CRISTÓVAM BUARQUE, foi questionado
sobre o que pensava da internacionalizaçã o da Amazônia.

O jovem americano introduziu sua pergunta dizendo que esperava a resposta de um Humanista e não de um brasileiro.

Esta foi a resposta do Sr.Cristóvam Buarque:

"De fato, como brasileiro eu simplesmente falaria contra a internacionalizaçã o da Amazônia. Por mais que nossos governos não tenham o devido cuidado com esse patrimônio, ele é nosso.

"Como humanista, sentindo o risco da degradação ambiental que sofre a Amazônia, posso imaginar a sua internacionalizaçã o, como também de tudo o mais que tem importância para a humanidade.

"Se a Amazônia, sob uma ética humanista, deve ser internacionalizada, internacionalizemos também as reservas de petróleo do mundo inteiro.O petróleo é tão importante para o bem-estar da humanidade quanto a Amazônia

para o nosso futuro. Apesar disso, os donos das reservas sentem-se no direito de aumentar ou

diminuir a extração de petróleo e subir ou não o seu preço."

"Da mesma forma, o capital financeiro dos países ricos deveria ser

internacionalizado. Se a Amazônia é uma reserva para todos os seres humanos, ela não pode ser queimada pela vontade de um dono, ou de um país.

Queimar a Amazônia é tão grave quanto o desemprego provocado pelas decisões arbitrárias dos especuladores globais. Não podemos deixar que as reservas financeiras sirvam para queimar países inteiros na volúpia da especulação.



"Antes mesmo da Amazônia, eu gostaria de ver a internacionalizaçã o de todos os grandes museus do mundo. O Louvre não deve pertencer apenas à França.

Cada museu do mundo é guardião das mais belas peças produzidas pelo gênio humano. Não se pode deixar esse patrimônio cultural, como o patrimônio natural Amazônico, seja manipulado e instruído pelo gosto de um proprietário

ou de um país. Não faz muito, um milionário japonês,decidiu enterrar com ele, um quadro de

um grande mestre. Antes disso, aquele quadro deveria ter sido internacionalizado.



"Durante este encontro, as Nações Unidas estão realizando o Fórum do Milênio, mas alguns presidentes de países tiveram dificuldades em comparecer por constrangimentos na fronteira dos EUA. Por isso, eu acho que Nova York,

como sede das Nações Unidas, deve ser internacionalizada. Pelo menos Manhatan deveria pertencer a toda a humanidade. Assim como Paris, Veneza, Roma, Londres, Rio de Janeiro, Brasília, Recife, cada cidade, com sua beleza específica, sua historia do mundo, deveria pertencer ao mundo inteiro.



"Se os EUA querem internacionalizar a Amazônia, pelo risco de deixá-la nas

mãos de brasileiros, internacionalizemos todos os arsenais nucleares dos EUA. Até porque eles já demonstraram que são capazes de usar essas armas, provocando uma destruição milhares de vezes maiores do que as lamentáveis queimadas feitas nas florestas do Brasil.



"Defendo a idéia de internacionalizar as reservas florestais do mundo em troca da dívida. Comecemos usando essa dívida para garantir que cada criança do Mundo tenha possibilidade de COMER e de ir à escola.

Internacionalizemos as crianças tratando-as, todas elas, não importando o país onde nasceram, como patrimônio que merece cuidados do mundo inteiro.



"Como humanista, aceito defender a internacionalizaçã o do mundo.

Mas, enquanto o mundo me tratar como brasileiro, lutarei para que a Amazônia

seja nossa. Só nossa!





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Como evitar o Abuso Sexual Infantil



Medidas para prevenir o abuso sexual e proteger a criança devem ser aplicadas precocemente, em razão do abuso sexual poder ocorrer desde os primeiros anos de vida.

O que os pais devem fazer para prevenir o abuso sexual e proteger seus filhos:

•Estar bem informados sobre a realidade do abuso sexual contra crianças.

•Ouvir seus filhos e acreditar neles por mais absurdo que pareça o que estão contando.

•Dispor de tempo para seu filho e dar-lhe atenção.

•Saber com quem seu filho está ficando nos momentos de lazer. Conhecer seus colegas e os pais deles.

•Procurar informar-se sobre o que sabem e como lidam com a questão da violência e do abuso sexual os responsáveis pela creche, pela escola, pelos programas de férias. Faça o mesmo com seu pediatra, o conselheiro religioso, a empregada e a babá.

•Antes de tudo, falar com seu filho ou sua filha e lembrar-se que o abuso sexual pode ocorrer ainda nos primeiros anos da infância.

Falando com seu filho e sua filha:


•Entre 18 meses e 3 anos, ensine a ele ou ela o nome das partes do corpo.

•Entre 3 e 5 anos, converse com eles sobre as partes privadas do corpo (aquelas cobertas pela roupa de banho) e também como dizer não. Fale sobre a diferença entre "o bom toque e o mal toque".

•Após os 5 anos a criança deve ser bem orientada sobre sua segurança pessoal e alertada sobre as principais situações de risco.

•Após os 8 anos deve ser iniciada a discussão sobre os conceitos e as regras de conduta sexual que são aceitas pela família e fatos básicos da reprodução humana.


Adaptado de textos da American Academy of Pediatrics divulgados no site: www.aap.org/family/csabuse.htm

Para quem se interessar e quiser baixar o livro clica no link é gratuito:

Abuso Sexual, Mitos e Realidade

http://www.4shared.com/file/51871960/2922b4/MANUALSOBREABUSOSEXUAL-ABRAPIA.html?dirPwdVerified=86eae952



http://meustrabalhospedagogicos.blogspot.com/2010/04/como-evitar-o-abuso-sexual-infantil.html
Como evitar o Abuso Sexual Infantil



Medidas para prevenir o abuso sexual e proteger a criança devem ser aplicadas precocemente, em razão do abuso sexual poder ocorrer desde os primeiros anos de vida.

O que os pais devem fazer para prevenir o abuso sexual e proteger seus filhos:

•Estar bem informados sobre a realidade do abuso sexual contra crianças.

•Ouvir seus filhos e acreditar neles por mais absurdo que pareça o que estão contando.

•Dispor de tempo para seu filho e dar-lhe atenção.

•Saber com quem seu filho está ficando nos momentos de lazer. Conhecer seus colegas e os pais deles.

•Procurar informar-se sobre o que sabem e como lidam com a questão da violência e do abuso sexual os responsáveis pela creche, pela escola, pelos programas de férias. Faça o mesmo com seu pediatra, o conselheiro religioso, a empregada e a babá.

•Antes de tudo, falar com seu filho ou sua filha e lembrar-se que o abuso sexual pode ocorrer ainda nos primeiros anos da infância.

Falando com seu filho e sua filha:


•Entre 18 meses e 3 anos, ensine a ele ou ela o nome das partes do corpo.

•Entre 3 e 5 anos, converse com eles sobre as partes privadas do corpo (aquelas cobertas pela roupa de banho) e também como dizer não. Fale sobre a diferença entre "o bom toque e o mal toque".

•Após os 5 anos a criança deve ser bem orientada sobre sua segurança pessoal e alertada sobre as principais situações de risco.

•Após os 8 anos deve ser iniciada a discussão sobre os conceitos e as regras de conduta sexual que são aceitas pela família e fatos básicos da reprodução humana.


Adaptado de textos da American Academy of Pediatrics divulgados no site: www.aap.org/family/csabuse.htm

Para quem se interessar e quiser baixar o livro clica no link é gratuito:

Abuso Sexual, Mitos e Realidade

http://www.4shared.com/file/51871960/2922b4/MANUALSOBREABUSOSEXUAL-ABRAPIA.html?dirPwdVerified=86eae952



http://meustrabalhospedagogicos.blogspot.com/2010/04/como-evitar-o-abuso-sexual-infantil.html



Rubem Alves


"O nascimento do pensamento é igual ao nascimento de uma criança: tudo começa com um ato de amor. Uma semente há de ser depositada no ventre vazio. E a semente do pensamento é o sonho. Por isso os educadores, antes de serem especialistas em ferramentas do saber, deveriam ser especialistas em amor: intérpretes de sonhos.”

Rubem Alves é educador, escritor, psicanalista e professor. Talvez seja o educador mais famoso e requisitado atualmente no Brasil.
Autor de mais de sessenta livros, entre os quais se encontra uma prolífica literatura infantil, crônicas e inúmeros livros voltados para a área da educação.

Em suas obras pedagógicas costuma abordar temas sérios e importantes como a formação do educador, se há a diferença entre ser professor e ser educador, o processo educacional, a qualidade total na educação, entre outros. Seu texto é bastante agradável a partir do momento em que se utiliza de histórias, metáforas e fábulas para um melhor entendimento do conteúdo.

Segundo Rubem ensinar é mobilizar o desejo de aprender. Mais importante do que saber é nunca perder a capacidade de aprender. "Saber é saborear": afirma. O novo profissional da educação deve romper o divórcio entre a vida escolar e o prazer.

Diante da atual sociedade onde o capitalismo dita as regras chegando atingir a área educacional - a qual muitas vezes visa eficiência e lucro esquecendo do prazer e entusiasmo necessários para que o processo ensino-aprendizagem aconteça de forma eficaz, constatamos com tristeza que o professor trabalha sem interesse e sem prazer, apenas para obter um salário e usufruir dele.

Rubem Alves faz uma boa distinção entre o Professor e o Educador, "advertindo-nos de que na realidade, na prática, eles se encontram juntos, mesclados no profissional da educação".Para ele o educador é aquele que abraça a causa com vontade, que tem paixão pelo que faz. A teoria de Rubem Alves é grande inspiradora da equipe Projetos Pedagógicos Dinâmicos que busca motivar professores e alunos, construindo constantemente novos saberes e contagiando, descobrindo, inquietando, na certeza de que há esperança e que é possível transformar o azedo limão em uma deliciosa limonada.

Em "Sobre Jequitibás e Eucaliptos: Amar", Alves deixa claro seu questionamento sobre o que é educar e qual a identidade de quem se propõe tal tarefa, e remete-nos sempre ao mesmo ponto: ensinar é prazer. Nessa parte ele compara o educador (que ensina com amor) com um Jequitibá, árvore robusta que raramente se vê nos dias de hoje; os professores por sua vez são comparados com Eucaliptos, árvore que encontramos com facilidade.

Essa distinção se dá através de temas sensíveis como amar, acordar, libertar e agir. Questiona a perda do amor pela arte de ensinar e aborda o resultado que isso trará para os alunos. Aponta que muitas vezes a miséria nos meios de educação não é culpa do governo e sim de mesquinharias que professores e cientistas estabelecem entre si. Mais uma vez ele critica a prática da ciência visando apenas resultados econômicos, podendo ser usada para o bem e para o mal.

A existência da dicotomia professor/educador deve-se muito, segundo Rubem Alves, ao rápido desenvolvimento da ciência nos séculos XIX e XX, cujo caráter objetivo de seus conhecimentos desprezou aspectos relevantes da experiência e interioridade humanas, como opiniões pessoais, reflexões, ideologias, sonhos, paixões, esperanças, utopias, desejos... A ciência patrocinou o avanço da tecnologia, que fez com que as pessoas idolatrassem a produção daquilo que é útil e imediato para o dia-a-dia. Surgiu, o utilitarismo, segundo o qual as pessoas são determinadas pelo que produzem e objetivamente fazem.

O autor ainda profetiza o professor como sendo aquele que informa, transmite conhecimentos, enquanto que o educador, além de informar, procura formar e informar, assim segundo ele, o educador atua movido pela sua intenção social, o professor pelas regras das instituições.

Sobre metodologia Rubem ressalta que “fazer ciência pela ciência é mero exercício, sem levar em conta o seu uso para fins, cuja finalidade seja resolver questões humanas de importância.”
A idéia central que Rubem Alves traz é a linguagem, a fala ao lado do corpo: “O corpo é o primeiro livro que devemos descobrir; por isso, é preciso reaprender a linguagem do amor, das coisas belas e das coisas boas, para que o corpo se levante e se disponha a lutar.”

A educação é um ato político, que exige reflexão, dentre elas, desenvolver a função crítica em que o questionamento deve ser cada vez mais aguçado. E a função criativa, em que o educador se permite sonhar e buscar realizá-los, não se conformando com o pronto e acabado, mas indo em busca do novo, do desejado e porque não do aparentemente impossível?
“A maioria dos problemas da sociedade se resolveria se os indivíduos tivessem aprendido a pensar.”
“A educação é algo que transborda dos limites das escolas.”

Para conhecer melhor as idéias de Rubem Alves, visite o site:

http://www.rubemalves.com.br/

Extraído do site: http://www.projetospedagogicosdinamicos.com/rubemalves.htm



Rubem Alves


"O nascimento do pensamento é igual ao nascimento de uma criança: tudo começa com um ato de amor. Uma semente há de ser depositada no ventre vazio. E a semente do pensamento é o sonho. Por isso os educadores, antes de serem especialistas em ferramentas do saber, deveriam ser especialistas em amor: intérpretes de sonhos.”

Rubem Alves é educador, escritor, psicanalista e professor. Talvez seja o educador mais famoso e requisitado atualmente no Brasil.
Autor de mais de sessenta livros, entre os quais se encontra uma prolífica literatura infantil, crônicas e inúmeros livros voltados para a área da educação.

Em suas obras pedagógicas costuma abordar temas sérios e importantes como a formação do educador, se há a diferença entre ser professor e ser educador, o processo educacional, a qualidade total na educação, entre outros. Seu texto é bastante agradável a partir do momento em que se utiliza de histórias, metáforas e fábulas para um melhor entendimento do conteúdo.

Segundo Rubem ensinar é mobilizar o desejo de aprender. Mais importante do que saber é nunca perder a capacidade de aprender. "Saber é saborear": afirma. O novo profissional da educação deve romper o divórcio entre a vida escolar e o prazer.

Diante da atual sociedade onde o capitalismo dita as regras chegando atingir a área educacional - a qual muitas vezes visa eficiência e lucro esquecendo do prazer e entusiasmo necessários para que o processo ensino-aprendizagem aconteça de forma eficaz, constatamos com tristeza que o professor trabalha sem interesse e sem prazer, apenas para obter um salário e usufruir dele.

Rubem Alves faz uma boa distinção entre o Professor e o Educador, "advertindo-nos de que na realidade, na prática, eles se encontram juntos, mesclados no profissional da educação".Para ele o educador é aquele que abraça a causa com vontade, que tem paixão pelo que faz. A teoria de Rubem Alves é grande inspiradora da equipe Projetos Pedagógicos Dinâmicos que busca motivar professores e alunos, construindo constantemente novos saberes e contagiando, descobrindo, inquietando, na certeza de que há esperança e que é possível transformar o azedo limão em uma deliciosa limonada.

Em "Sobre Jequitibás e Eucaliptos: Amar", Alves deixa claro seu questionamento sobre o que é educar e qual a identidade de quem se propõe tal tarefa, e remete-nos sempre ao mesmo ponto: ensinar é prazer. Nessa parte ele compara o educador (que ensina com amor) com um Jequitibá, árvore robusta que raramente se vê nos dias de hoje; os professores por sua vez são comparados com Eucaliptos, árvore que encontramos com facilidade.

Essa distinção se dá através de temas sensíveis como amar, acordar, libertar e agir. Questiona a perda do amor pela arte de ensinar e aborda o resultado que isso trará para os alunos. Aponta que muitas vezes a miséria nos meios de educação não é culpa do governo e sim de mesquinharias que professores e cientistas estabelecem entre si. Mais uma vez ele critica a prática da ciência visando apenas resultados econômicos, podendo ser usada para o bem e para o mal.

A existência da dicotomia professor/educador deve-se muito, segundo Rubem Alves, ao rápido desenvolvimento da ciência nos séculos XIX e XX, cujo caráter objetivo de seus conhecimentos desprezou aspectos relevantes da experiência e interioridade humanas, como opiniões pessoais, reflexões, ideologias, sonhos, paixões, esperanças, utopias, desejos... A ciência patrocinou o avanço da tecnologia, que fez com que as pessoas idolatrassem a produção daquilo que é útil e imediato para o dia-a-dia. Surgiu, o utilitarismo, segundo o qual as pessoas são determinadas pelo que produzem e objetivamente fazem.

O autor ainda profetiza o professor como sendo aquele que informa, transmite conhecimentos, enquanto que o educador, além de informar, procura formar e informar, assim segundo ele, o educador atua movido pela sua intenção social, o professor pelas regras das instituições.

Sobre metodologia Rubem ressalta que “fazer ciência pela ciência é mero exercício, sem levar em conta o seu uso para fins, cuja finalidade seja resolver questões humanas de importância.”
A idéia central que Rubem Alves traz é a linguagem, a fala ao lado do corpo: “O corpo é o primeiro livro que devemos descobrir; por isso, é preciso reaprender a linguagem do amor, das coisas belas e das coisas boas, para que o corpo se levante e se disponha a lutar.”

A educação é um ato político, que exige reflexão, dentre elas, desenvolver a função crítica em que o questionamento deve ser cada vez mais aguçado. E a função criativa, em que o educador se permite sonhar e buscar realizá-los, não se conformando com o pronto e acabado, mas indo em busca do novo, do desejado e porque não do aparentemente impossível?
“A maioria dos problemas da sociedade se resolveria se os indivíduos tivessem aprendido a pensar.”
“A educação é algo que transborda dos limites das escolas.”

Para conhecer melhor as idéias de Rubem Alves, visite o site:

http://www.rubemalves.com.br/

Extraído do site: http://www.projetospedagogicosdinamicos.com/rubemalves.htm

Entre a Ciência e a Sapiência: Os muitos dilemas da educação


Entre a Ciência e a Sapiência Os muitos dilemas da educação


“Pensa-se, comumente, que a tarefa de um político é administrar o país: pôr a casa

em ordem, construir coisas novas, consertar coisas velhas, cuidar das finanças, da

saúde, da segurança, da justiça, dos meios de comunicação, incluída, inclusive, a

administração dos meios de escolarização existentes, coisa sob a responsabilidade

do ministério da educação. Discordo. Existe uma diferença qualitativa entre aquilo

que fazem os ministérios administrativos e aquilo que o ministério da educação deve

fazer. A diferença entre eles é simples. Os ministérios administrativos cuidam do

hardware do país. Eles lidam com a ‘musculatura’ nacional. O ministério da

educação tem a seu cuidado o software do país. Ele cuida da ‘inteligência’ nacional.

Seu objetivo é fazer o povo pensar. Porque um país – ao contrário do que me

ensinaram na escola – não se faz com as coisas físicas que se encontram em seu

território, mas com os pensamentos de seu povo”. (Rubem Alves)

No caminho para o Planeta Educação passei pela escola onde lecionei durante uns 15

anos. Estava devendo uma visita rápida aos alunos que conviveram comigo até o final do

ano passado e, além disso, tinha que levar uns materiais que a direção havia requisitado.

Os materiais eram, na verdade, uma justificativa para poder encontrar os estudantes, meio

filhos, meio amigos, que tive que deixar para trás em virtude de outros compromissos

(estudo, trabalho).

Ao me encontrar com eles me dei conta de que ainda não dei aulas esse ano (na verdade

estarei começando o trabalho em sala de aula ainda essa semana). Conversei

rapidamente com todos eles para não atrapalhar o andamento das aulas em que estavam

envolvidos. Também acelerei a conversa porque a emoção sempre bate forte quando

estou em contato com eles, com aquele ambiente tão familiar, com a iminência de trocar

algumas idéias em aula...

“Durante anos consecutivos, nossos professores têm aprendido teorias científicas

sobre a educação, achando que é assim que se formam professores. Existe, de fato,

uma ciência da educação, como também existe uma ciência do piano. Mas a ciência

da educação não faz um professor, da mesma forma como o conhecimento da

ciência do piano não faz um pianista. Muitos professores maravilhosos nunca

estudaram as disciplinas pedagógicas. Se os alunos refutam diante da comida e se,

uma vez engolida, a comida provoca vômitos e diarréia, isso não quer dizer que os

processos digestivos dos alunos estejam doentes. Quer dizer que o cozinheiroprofessor

desconhece os segredos do sabor. A educação é uma arte. O educador é

um artista. Aconselho os professores a aprender seu ofício com as cozinheiras”

(Rubem Alves)

Esse reencontro me faz pensar exatamente naquilo que o grande mestre Rubem Alves

escreve na introdução de seu livro “Entre a Ciência e a Sapiência”, ou seja, na grande

paixão que tenho pela educação. Emoção gratuita, sem explicações, de onde surge toda a

beleza do mundo. Não tenho a mesma experiência de Rubem Alves, a quem admiro pela

franqueza e sinceridade em assuntos que a academia parece temer e que, por isso,

despreza.

Acho até que, guardadas as devidas proporções, todas as experiências, quando vividas

com ternura, profundidade e paixão merecem ser consideradas e partilhadas, mesmo

quando são provenientes de pessoas mais jovens, como é o meu caso. Mas, voltando ao

mestre e a sua obra, devo dizer que o longo caso de amor vivido por ele com a educação é

facilmente perceptível ao longo de todos os textos que compõem “Entre a Ciência e a

Sapiência” e também em praticamente todos os seus outros livros e artigos.

O mais interessante nisso tudo é que é muito difícil falar de um amor tão grande sem ser

piegas ou meloso. Rubem Alves consegue fazer isso de forma a atrair a atenção dos

leitores pela inteligência de seus argumentos e das histórias que conta. Não quer

comprovar cientificamente que a educação vai muito além dos livros, dos cálculos, das

fórmulas, dos fatos ou das concordâncias. Sabe que ela se estabelece na busca do

aperfeiçoamento, da sabedoria, mas não despreza o fator humano, o professor e o aluno.

Sobre cientistas e pescadores (As semelhanças não são mera coincidência...)

“Os pescadores-fabricantes de redes se organizaram numa confraria. Para se

pertencer à confraria era necessário que o postulante soubesse tecer redes e que

apresentasse, como prova de sua competência, um peixe pescado com as redes que

ele mesmo tecera. Mas uma coisa estranha aconteceu. De tanto tecer redes, pescar

peixes e falar sobre redes e peixes, os membros da confraria acabaram por esquecer

a linguagem que os habitantes da aldeia haviam falado sempre e ainda falavam.

Puseram, no seu lugar, uma linguagem apropriada às suas redes e os seus peixes, e

que tinha de ser falada por todos os seus membros, sob pena de expulsão”. (Rubem

Alves)

Sua coragem se revela em textos articulados em que se dirige ao já falecido Roberto

Marinho (que poderiam ser endereçados a seus sucessores) ou ao ministro da educação

(de onde retirei o trecho que inaugura esse artigo) falando do real compromisso que

deveriam assumir perante o país. Afinal de contas, estamos lidando com o “software”

nacional, ou seja, com a produção da inteligência necessária para realmente melhorar o

país...

Suas parábolas nos ensinam lições simples, mas cheias de sabor e autenticidade, como no

caso da comparação que tece entre professores e cozinheiros. Mesmo porque,

convenhamos, a aula é um momento todo especial em que temos que colocar nossos

alunos a todo instante diante de novas “provas” (relaciono essa palavra ao provar proposto

pelos grandes chefs da gastronomia), em busca de uma receita toda especial que lhes

convença, que lhes seduza para o que estamos ensinando.

Sua fala é tão pertinente que na continuação do livro encontramos um capítulo dedicado

especialmente aos livros e a leitura. Nesse ínterim é bom lembrar dos ensinamentos de

outro grande e especial educador brasileiro chamado Paulo Freire. Dizia Freire que temos

que aguçar nossos sentidos e ampliar o sentido de leitura, entendendo que ao realizarmos

essa prática não podemos nos restringir ao contato com as páginas de um livro, jornal ou

revista. Temos que ler o mundo.

“Os relojoeiros, ao fazer seus relógios, pensavam apenas nos relógios: queriam

fazer relógios perfeitos, bonitos, obras de arte. Relojoeiros pensam em relógios. Mas

os homens da ciência começaram a ter pensamentos diferentes dos pensamentos

dos relojoeiros ao olhar para os relógios. Os pensamentos deles começaram a dar

grandes pulos, pulos enormes; pularam dos relógios para o universo. Perceberam

que os relógios e o universo se pareciam. Eram máquinas análogas. O relógio era

um universo pequeno. O universo era um relógio grande. E foi assim que o relógio,

de objeto criado para medir horas, passou a ser, de repente, modelo do universo.

Assim, para compreender o universo bastava compreender os relógios”. (Rubem

Alves)

A leitura do mundo depreende a comunicação total, em que todos os sentidos estão

atentos, captando os sinais emitidos pela música ou pelo som das ruas, pela expressão

das pessoas tanto quanto a partir daquilo que falam, das imagens de um filme que

assistimos ou das notícias impressas no jornal diário ou mesmo dos relacionamentos que

estabelecemos com nossos amigos, irmãos, maridos, esposas, alunos,...

Rubem Alves vai além ao dizer que “Ler é uma virtude gastronômica” pois “requer uma

educação da sensibilidade, uma arte de discriminar os gostos”. O engraçado é que as

palavras sensibilidade e gosto são tão refutadas nos ensaios, artigos, estudos, teses ou

monografias produzidas pelas universidades...

Falando nisso, o livro “Entre a Ciência e a Sapiência” também discute a ciência e seus

caminhos (ou dilemas?). Relação estranha essa que se estabelece entre educação e

ciência. Para mim são como irmãs, nascidas do mesmo pai e da mesma mãe, o

conhecimento e a curiosidade, separadas no nascimento, que se reencontram alguns anos

depois e que parecem ter alguma incompatibilidade de gênio, de comportamento. O que

deveria ser um casamento bem ajustado, cheio de paixão e romance, é abalado por uma

comunicação precária, pela arrogância que brota de ambos os lados ou mesmo por

dogmas ou pretensões por parte de cientistas e educadores...

Penso que a ciência pode ser considerada uma linguagem, muito específica, muito própria.

Como a rede da metáfora contada por Rubem Alves em seus textos. Os pescadores que

aprenderam a usar essa ferramenta não parecem dispostos a partilhar esse conhecimento

com outras pessoas da comunidade. Fecham-se em suas próprias conchas e criam clubes

particulares. Dizem que muitas pessoas não teriam condições de entender direito aquilo

que pensam. Será? Ou será que, por outro lado, se fizermos uma socialização desse

instrumental não estaremos ampliando as possibilidades da pesca e alimentando um

número muito maior de pessoas a um custo muito menor?

Abrir os ouvidos é uma das dicas dadas pelo mestre Rubem Alves em seus textos

destinados aos cientistas. Escutar o som que vem do coração, da voz simples daqueles

que não são como eles, pescadores especializados. Há muita riqueza e sabedoria

brotando das experiências mais singelas...

Para terminar seu trabalho, Rubem Alves fala um pouco dessa confusa e apaixonante

relação dos homens com a tecnologia. Fala de relógios e de computadores. Lembra como

fomos enfeitiçados pelo tique-taque dos relógios a ponto de transformarmos nossa vida

numa corrida incessante atrás dos ponteiros dessa máquina incrível. Transporta essa

analogia alguns anos adiante e encontra paralelos entre essa estranha relação entre

homens e relógios e aquela que se estabelece a cada novo dia entre a humanidade e os

computadores. Será que algum dia George Orwell e Aldous Huxley terão razão? Espero,

sinceramente, que não...

Obs.: Orwell escreveu “1984” e Huxley “Admirável Mundo Novo” em que olham para o

futuro e discorrem a respeito de uma sociedade em que será difícil diferenciar homens e

máquinas. O sentimento terá sido praticamente sepultado entre nós...
Artigo de Joao Luis de Almeida  Prado   
Planeta Educação

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