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Resenha do livro: POSTMAN, Neil. O Desaparecimento da Infância.

Resenha do livro: POSTMAN, Neil. O Desaparecimento da Infância. Tradução: Suzana Menescal de A. Carvalho e José Laurenio de Melo. Rio d...

#A Educação: Uma Senhora Cansada!





O que podemos dizer sobre a educação na sociedade contemporânea? 
O que desejamos de fato que esta "senhora cansada", faça por nossas crianças?
Hoje pela manhã, ao fazer a lição de casa com meu filho, fiquei pensando sobre isto: Até onde vai o papel da escola na educação e na formação do ser humano? 
Bem, ao estudar muito e depois de ser mãe de duas crianças, vi que não existe salvação para o nosso país, senão modificarmos as diretrizes da educação, e se não voltarmos  aos conceitos de família, solidariedade e responsabilidade, ficará cada vez mais difícil sanar os problemas. Não é apenas uma falha no sistema, é uma falha na formação de pais competentes. Uma família presente na vida das crianças, seja ela de que natureza for. Dois pais, duas mães, papai e mamãe, vovó e titia e assim, são inúmeras as variações desta "nova" família. E quanto mais o tempo passa, mais se comete erros. Governo, Instituições e os pais. 

Esta "tríade", Estado+ Escola+Família, já não está funcionando há muito tempo.
Nunca-se tem tempo para nada, principalmente para dialogar, ouvir os filhos, aí delega-se este dever de "pais" à outros profissionais. 
Percebemos que este mecanismo do "empurra-empurra", faz com que a criança cresça sem saber o seu verdadeiro lugar no mundo, suas obrigações e direitos. Sem saber o que é certo e errado, sem identidade. Se compararmos essa geração de jovens com gerações do passado, podemos ver que,  antes,  jovens assumiam responsabilidades mais cedo. Já existia um foco. Não que queira retroceder, mas o que se fazia naquele tempo de positivo, pode ser reformulado e trazido de volta aos lares. Existe uma relutância em crescer, afinal é tão cômodo "depender dos pais", esta dependência pode ser de natureza econômica ou afetiva. Existe uma super-valorização dos direitos da criança e do adolescente. Mas esquecemos disso no Brasil, eles devem ter deveres também, e porque não responder por seus atos? Eles crescem pensando que todos devem fazer tudo por eles. Que o mundo deve se curvar diante deles. As bases da prática da cidadania,  são os direitos e deveres de cada um. As leis estão a favor deles, e com isso fabricamos "monstrinhos" que ao se deparar com a "realidade" do mundo, se assustam e correm para os  pais. Precisamos despertar a força, a coragem e a independência em nossas crianças.

Hoje podemos observar que as crianças estão sem limites, indisciplinadas , perdidas e carentes. Vivemos na "Geração ostentação". Você só é respeitado e aceito em determinado grupo por sua aparência ou se você possuir bens de valor. Para isto, trabalha se mais e mais exaustivamente, tirando das crianças, o direito à companhia e às brincadeiras. 
Paga-se um preço alto por uma vida de aparências. Percebe se ainda bem cedo, que as crianças já trazem um sentimento de disputa, levando a um comportamento violento, muito diferente do conceito de  "espírito competitivo". Quem tem o melhor brinquedo, o ultimo lançado pelo canal "infantil" de TV por assinatura.
Existem traços de "crueldade" e agressividade" nestas crianças.
Nos tempos da vovó, isso ocorria de maneira mais velada. Afinal, a criança ainda não era um nicho de mercado. Até os brinquedos eram escassos, eram poucas opções. 
Até o final do século XIX, a maioria dos brinquedos eram fabricados em casa, ou fabricados artesanalmente. Atualmente, a grande maioria dos brinquedos são fabricados em massa, e comercializados. 

Foi a descoberta de que a criança poderia render muitos lucros!
Hoje em dia, encontramos uma infinidade de produtos feitos especialmente para elas, com legislação própria, para assegurar que nada de errado possa acontecer.
Podemos dizer que existe uma "miniaturização da infância". Com toda certeza, este período de desenvolvimento tão importante para a formação da criança está sendo ignorado e abreviado. Os próprios pais vestem seus filhos como pequenos adultos. Meninas já sofrem uma cobrança entre os seus grupos de amigos e no próprio meio familiar em ser magras e lindas. Com tudo isso acontecendo, tomamos como  "primordial", o "banal".

A pedagogia estuda os mecanismos que nos leva ao aprendizado, mas estamos longe de sanar as falhas deste sistema falido. No início deste artigo, me refiro à educação como uma senhora idosa e cansada. E é uma comparação perfeita. Ninguém quer "colocar a mão na massa" para modificar esta educação. Quando estamos nos formando professores, pedagogos, somos invadidos por um sentimento de justiça, de igualdade, mas logo percebemos que nossas vozes são massacradas por um turbilhão de problemas sociais que se arrastam desde o império. 
Educação vêm de berço, já diziam as vovós. 
Quem se importa de verdade com os filhos? Será que damos o melhor à eles? Será que refletir sobre o papel da família e das mães na educação das crianças, seria um ponto de partida para esta mudança?
 Estamos colhendo os frutos desta "desconstrução dos valores"como: cidadania, democracia e  humanidade. 

Vamos refletir e começar dentro de casa.
Todas tem o direito à realização profissional e pessoal, mulheres de sucesso, mas à partir do momento em que se tem um filho, deve se fazer o melhor. 
O que adiantaria ser bem sucedida, tendo que buscar seu filho em uma Delegacia, na Cracolândia, Pronto socorro ou em um Hospital psiquiátrico? 
 Toda "mãe" deveria querer o melhor para os filhos, e ser MÃE. Sim,  MÂE com letras maiúsculas e todas as características inerentes a uma verdadeira MÃE. 
Almoço de domingo, cafuné, colo quando necessário, broncas e muitas histórias para contar. Ser MÂE é um sacerdócio. Nós mulheres, precisamos  ter consciência que somos indispensáveis aos nossos filhos e que, sem radicalismos, é possível conciliar vida profissional e educação dos filhos.
O alicerce da sociedade do amanhã será construído primeiramente sobre a educação familiar.
 Ocupar os papéis destinados á nós, MÂES educadoras, como protagonistas na vida dos filhos e não coadjuvantes ou meras figurantes. 
Abrir mão da vaidade e do egoísmo neste caso, faz muito bem! Pense nisso! 

Danúbia Rocha 

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