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Resenha do livro: POSTMAN, Neil. O Desaparecimento da Infância. Tradução: Suzana Menescal de A. Carvalho e José Laurenio de Melo. Rio d...

COPA + CORRUPÇÃO + CRIME ORGANIZADO = CIDADE MARAVILHOSA




Da Agência Brasil - Rio de Janeiro 
postado em 27/07/2011 16:13 h
atualizado em 28/07/2011 00:35 h


O professor da UFRJ, Carlos Vainer, criticou as concessões abertas pelo governo federal para as obras dos eventos esportivos. “O governo aprovou uma lei que permite ao Comitê Olímpico Internacional escolher os locais para espaço publicitário e criou diversas leis de exceção, como o Regime Diferenciado de Contratação (RDC), que permite tocar as obras da Copa sem licitação”, disse.

O ponto mais criticado no evento, porém, foram as remoções realizadas pela prefeitura carioca para as obras de mobilidade urbana em áreas que serão usadas na Copa e Olimpíada.

Francicleide da Costa Sousa, que é presidente da Associação de Moradores da Favela Metrô Mangueira, no entorno do Maracanã, diz que 340 das 800 famílias que moravam na comunidade foram removidas.

“Há um ano a prefeitura chegou à comunidade medindo e fichando as casas. Eles deram três opções: ou Cosmos (bairro na zona oeste com 100 famílias removidas), ou abrigo ou rua. Alguns foram para lá e outros para Mangueira 1 (próximo à comunidade). Mas ninguém queria sair do Metrô Mangueira”.

Segundo Francicleide, a prefeitura não deu explicações sobre as remoções. “Eu ouço as pessoas falarem que a comunidade pode se transformar em estacionamento, mas a prefeitura não nos disse nada”.

Em evento no Palácio da Cidade, que ratificou o Rio como sede do centro de mídia e do Comitê Organizador Local da Copa, hoje pela manhã, o prefeito Eduardo Paes afirmou que não há remoção para a Copa.

“O (corredor) Transoeste não é uma obra para a Copa. A Fifa não exigiu isso. É uma obra que a prefeitura está fazendo para a população mais pobre da cidade, para aquela gente que está sempre esquecida e que vai estar muito longe da Copa”.

Os moradores da região portuária, no centro, área que passa por reurbanização, também vem sendo desalojados. Segundo informa o presidente da Associação Afoxé Filhos de Gandhi, Carlos Machado, a prefeitura não ofereceu alternativas.

“Eles (moradores) não eram proprietários de suas casas, que ficavam no antigo frigorífico, e por isso tiveram que escolher entre receber uma indenização de R$ 4 mil, ir para Cosmos, onde muitos já estão reclamando que o imóvel apresenta rachaduras, além de ser um lugar longe do trabalho e da escola dos filhos, ou receber o aluguel social, que pelo que eu saiba, este mês não foi pago”, afirma.

A economista do Instituto de Políticas Alternativas Sociais e Econômicas (Pacs), Sandra Quintela, questiona quem vai pagar a conta deixada pela Copa e a Olimpíada.

“Até a lei de responsabilidade fiscal, que garante orçamento para que o estado fique enxuto para pagar dívida, foi flexibilizada, ou seja, abriu-se a porteira para criar novas dívidas. Até 2016 estão previstos mais R$ 10 bilhões, que nem estão fechados, em novas dívidas só no governo estadual. O grande peixe que se vendeu foi de que as obras do país viriam da iniciativa privada. Mas o Tribunal de Contas da União divulgou que somente 1,44% do investimento vem do capital privado.”

Amanhã às 10h está prevista uma marcha organizada pelo Comitê Popular da Copa e Olimpíadas, com a participação de diversas entidades sociais.

Uma bola gigante “com os pontos negativos do Mundial” será levado à Marina da Glória para ser entregue aos representantes da Fifa e da CBF. Além do Rio, há protestos marcados para São Paulo, Recife e outras cidades.




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