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Lula nas bancas de Paris: tributo


A imprensa da França já começou a dar seu adeus a Luiz Inácio Lula da Silva. Considerado por muitos no país como um símbolo de mobilidade social – um problema grave na Europa, ainda que pouco debatido –, Lula caminha para seus últimos meses de mandato deixando a cena com uma popularidade elevada também no exterior, em que pesem todas as denúncias de corrupção contra seus dois governos.
Prova disso pode ser verificada nas bancas de jornais de Paris. No intervalo de uma semana, três revistas de tiragem expressiva foram publicadas na França tendo como reportagem de capa o ex-metalúrgico que chegou à presidência. Depois de um número especial da revista Le Monde dedicado ao Brasil, sob o título sugestivo de “O gigante se impõe”, e de sua prima Manière de Voir, editada pelo grupo Le Monde Diplomatique, agora é a vez de Les InRocKuptibles focar sua atenção no chefe de Estado brasileiro.
Misto de Time e Rolling Stone, a revista francesa dedica 10 páginas, além da capa, a um tema diretamente relacionado a Lula: “Brasil – O país em que a esquerda deu certo”, julga o texto. A publicação, claro, relembra os 80% de aprovação do petista, e tenta explicar esse fenômeno pelo olhar de seus fãs: trabalhadores, mulheres, pobres e companheiros que ajudaram a chegar ao poder e a manter-se nele durante oito anos. (Aliás, o fato de não ouvir seus detratores, apenas seus seguidores, explica a parcialidade da revista.)

Em editorial, Bernard Zekri, diretor de redação, sustenta a importância atribuída por sua revista à despedida de Lula do poder. “Ele deixa a presidência do Brasil em plena glória. Ele elevou seu país pela primeira vez ao nível de grande potência internacional e soube, coisa rara, organizar sua sucessão”, afirma Zekri, em tom deslumbrado. “Lula é, ao lado de Mandela, o único sucesso alcançado pela esquerda nos últimos anos.”
A revista enche suas páginas de méritos inegáveis do governo Lula, como a redução da desigualdade e da pobreza e a manutenção da ordem econômica que vem dando certo, mas traz pouquíssimas palavras sobre os escândalos de corrupção patrocinados pelos que continuam a aparelhar o Estado e a minar a credibilidade da classe política no Brasil.
Não espere, portanto, nenhuma palavra sobre Erenice Guerra, José Dirceu, Antônio Palocci, mensalão, caixa 2, dinheiro em cuecas, nada. A imprensa internacional segue elogiando o Brasil de Lula, a despeito de tudo.
fonte:Blog de Andrei Netto do Estadão de 25/11/2010
http://blogs.estadao.com.br/andrei-netto/
 
 




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