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Resenha do livro: POSTMAN, Neil. O Desaparecimento da Infância.

Resenha do livro: POSTMAN, Neil. O Desaparecimento da Infância. Tradução: Suzana Menescal de A. Carvalho e José Laurenio de Melo. Rio d...

Crianças prodígio? Inteligência emocional? QI?





Um grupo de pesquisadores vem realizando experiências e utiizando diversos métodos para despertar a inteligência desde a primeira infância e para verificar se é possível transformar uma criança normal em superdotado ou se estímulos recebidos na infância influem na inteligência e no temperamento.


Talento não se herda. Após séculos de uma monótona e empobrecida dicotomia sobre a inteligência humana e, em especial, sobre a inteligência dos bebês, especialistas revelam que, para uma criança se tornar mais apta que a média, é preciso que sua capacidade seja estimulada desde o nascimento. Contudo, é preciso não chegar a extremos. Não se deve bombardear os filhos com música clássica e jogos que estimulem a inteligência o dia inteiro, nem abandoná-los à própria sorte na porta do colégio ou diante da vida, com o pretexto de "já serem grandes". O próprio Jean Piaget chegou a dizer: "Sempre me preocupei com os problemas da inteligência e nunca com os afetivos... porque tinha medo. Minha mãe era psicótica". Suas palavras servem, na verdade, como uma introdução - sintética e dramática - a um assunto bastante controvertido: como se estimular o cérebro infantil para aumentar seu rendimento.
Sabemos que, quando não são usados, os órgaos se atrofiam. Sabemos também que as habilidades, tanto as mentais quanto as físicas, são o resultado da interação de nossa herança genética com o ambiente em que crescemos, ou seja, o estímulo externo acrescenta-se à motivação interna. Durante a gravidez, o cérebro em formação cria 250 mil neurônios por minuto. Cada um desses neurônios dispara um impulso elétrico - fenômeno que na Universidade de Berkeley, nos Estados Unidos, é chamado de "autodiscagem" - que serve para ordenar as funções psicofísicas.
Segundo os neurobiologistas, como William Grenough, da Universidade de Illnois, ou Mary Beth Hatten, da Universidade Rockefeller,determinadas "janelas" cerebrais se abrem entre a 17ª semana de gestação e os 5 anos de idade. Essas janelas seriam a chance de uma maior ou menor receptividade da criança às orientações dadas pelos adultos. Em outras palavras, essas janelas determinam o quanto pais e professores podem influenciar e modelar a mente, a conduta e a expressão de uma criança.


A organização americana Head Start defendeu durante décadas métodos para aumentar o quociente intelectual das crianças e fracassou. Depois dos 3 anos, elas esqueciam todos os estímulos precoces que haviam recebido. Os especialistas faziam com que brincassem com cubos matemáticos, escutassem música pré-selecionada e resolvessem problemas complexos, sem obter nenhum resultado. Sem receber esses estímulos, as crianças retomavam seus hábitos normais. 
Cray Ramey, da Universidade do Alabama, sustenta que é muito importante avaliar a qualidade do estímulo dado a uma criança e não se deve deixar de estimulá-la quando se conhece a forma adequada de fazê-lo.

Em 1972, foi lançado o Abecedarian Project, com o objetivo de educar crianças de famílias pobres, com idades entre 4 meses e 8 anos.Para Ramey, "educar" significa falar, explicar, brincar, acompanhar o desenvolvimento de cada indivíduo de acordo com sua idade, ou seja, corresponde a aumentar seus conhecimentos e melhorar sua linguagem e sociabilidade, segundo suas próprias possibilidades. O resultado foi que, ao crescer, os meninos que haviam iniciado seu aprendizado no Abecedarian aos 5 anos que não mostraram aptidão maior que seus outros colegas de escola. Contudo, aqueles que haviam sido educados desde bebês mostraram uma tendência a obter melhores notas no segundo grau. Se as "janelas" cerebrais se fecharem antes de a criança terminar a escola primária, que esperanças existirão para aquelas cujos pais não se preocuparam em estimular precocemente suas mentes? "Seria muito bom poder afirmar que nunca é tarde para ser mais inteligente, mas parece que algo muito especial acontece nos primeiros anos de vida", dis Joseph Sparlig, criador do método Abecedarian.
Cientistas da Universidade de San Francisco, que tratam do problema crescente do analfabetismo nos Estados Unidos (onde mais de 7 milhões de crianças não sabem ler e falam mal), conseguiram reabilitar, em apenas quatro semanas, adolescentes que estavam vários anos atrasados em sua capacidade lingüística e cerebral. Esses mesmos cientistas afirmam que, em cérebros adultos que sofreram transtornos de aprendizagem, podem ser construídas, com êxito, certas "conexões neurônicas" que se supunham perdidas.

Nascemos com um potencial interno que se desenvolverá de acordo com a qualidade, a quantidade e o momento em que essas "conexões" acontecerem. Então, deve-se ou não estimular a mente infantil? É preciso tomar cuidado com os excessos, que vez ou outra entram na moda. Alguns especialistas ficam preocupados com as chamadas "crianças-prodígio", que são pressionadas pelos pais para que se tornem músicos ou matemáticos, quando sua predisposição biológica não é essa. Por acaso elas já não nescem "gênios" sem necessidade de estímulos precoces? Os pais que se preocupam demasiadamente em estimular seus filhos não estão tranqüilos e acabam transmitindo uma enorme ansiedade e gerando, às vezes, frustrações desnecessárias nas crianças.
Para alguns cientistas, a prática da natação a partir dos 4 meses de idade é um bom estímulo para a mente da criança, porque ativa a motricidade e coordenação motora e ajuda a respiração e o metabolismo.
Durante séculos, acreditou-se em conceitos organicistas parciais. Atualmente, porém, ficou comprovado que todo o cérebro está envolvido em todas as formas de comportamento. Quando fazemos um movimento, alguns neurônios se ativam e outros permanecem em repouso, para não interferir. Porém, é a relação entre ambos que opera a função. Em outras palavras, embora a música e a matemática estejam inscritas no hemisfério esquerdo do cérebro e a estética e a intuição no direito, o uso de um significa a interrupção temporária do uso do outro, e não a sua eliminação. Por exemplo, se pudéssemos ver o cérebro de Einstein trabalhando, veríamos que dez neurônios se ativariam e que os demais permaneceriam desativados. Se você pedir a uma criança que resolva um problema matemático, verá que todo o cérebro se ativa e que, paradoxalmente, ela não consegue fazer as contas. Isso ocorre porque a função e a economia neuronial ainda não estão localizadas e tudo se mistura em seu cérebro. Ao contrário do que se acreditava, as pessoas mais práticas são as que usam menos neurônios para fazer as coisas. Assim, um estímulo útil não ensina a acender um grande número de neurônios, mas sim a apagar os que não são necessários no momento.
Frank Velluno, professor de psicologia educativa da Universidade Estadual de Nova York, afirma: "Somos o país que mais faz pesquisas sobre os estímulos infantis. E somos também o que menos dá importância às descobertas que não levem ao resultado que buscamos: a razão, a tecnologia e o rendimento material." 

De acordo com Platão, a música é o instrumento de formação mais importante, por seu vínculo com a aritmética e o pensamento abstrato. "Sem dúvida, a capacitação musical amplia o nível racional da criança. Contudo, a educação musical é a primeira coisa a ser eliminada do currículo escolar, quando o orçamento está curto", diz Gordon Shaw, da Universidade Irvine, da Califórnia, onde são feitas experiências com pré-escolares de 3 anos de idade. Estes, após ouvirem música assiduamente por oito meses, tornam-se especialistas em montar quebra-cabeças complexos e apresentam um quociente de inteligência espacial (habilidade de localizar-se no mundo com precisão) 80% mais alto que outras crianças.
Alguns pesquisadores afirmas que o afeto também é importantíssimo. Para uma criança, não é a mesma coisa aprender com um professor carrancudo ou um afetuoso. Além disso, é preciso trabalhar sempre com serenidade, para não estimular demais a criança. Se ela não estiver predisposta, o resultado poderá ser nulo, portanto não se deve insistir até cansá-la. Para estabelecer suas conexões neurônicas, a fórmula é um bom ambiente e tempo, sem sobrecarregá-la. É preciso responder a todas as suas perguntas, instigando naturalmente a sua curiosidade e fazendo o possível para que busque suas próprias respostas. Se uma cirnaça faz perguntas, é porque percebe diferenças. Mas não se deve saturá-la com respostas, condicionando-a e fazendo-a perder a curiosidade. É correto endinar à criança que a uma causa corresponde a um efeito, mas se ela se habitua a necessitar de um efeito para cada causa, cai demonstrar menos intolerância diante da ausência de um efeito. É preciso ensinar a criança a esperar por um resultado, mas é preciso também ensiná-la que muitas das coisas que fazemos não trazem resultados imediatos. 

As crianças precisam tanto de estímulo quanto de atenção e compreensão. Os pais devem ser incentivados a aprender a escutar os filhos.
Por outro lado, uma criança pode ter sido estimulada corretamente e no momento adequado, mas pode não ter assimililado tudo do modo como foi previsto. Além disso, talvez lhe tenham faltado os apoios familiares ou sociais de que poderia ter precisado. É sobre essa delicada troca qua paira o fantasma da manipulação cerebral, noção que só pode ser explicada analisando-se a ansiedade que certos pais têm em dar a seus filhos conhecimentos "superiores", a qualquer custo. 

O certo é que o simples estímulo cerebral não cria crianças-prodígio. Além disso, os estudos sobre o desenvolvimento da mente e suas potencialidade estão atravessando ainda seus estágios iniciais. Por isso, o conselho dos grandes especialistas é : "Dê a seu filho todo estímulo que ele precisa, mas só quando ele realmente precisar. Não deixe passar o momento propício ou você estará perdendo uma oportunidade única, que provavelmente nunca se repetirá. O resto é apenas cuidado e muito amor."


Nasceu em 23/04/1993, numa família pobre Rajput da cidade de Himachal Pradesh, na Índia. Desde a sua infância Akrit demonstrou habilidades incomuns: começou a falar no 10° mês de idade; aos 2 anos de idade começou a escrever e a ler apenas olhando as páginas dos livros; aos 5 anos começou a ler livros de poesia e peças de Shakespeare; depois desenvolveu uma paixão precoce por livros de medicina, anatomia e cirurgia.
Os professores da sua aldeia descobriram que Akrit possuía a formidável capacidade de memória fotográfica, jamais esquecia nada e possuía uma voracidade fantástica em aprender cada vez mais. Aos 6 anos, fazia discursos altamente complexos sobre temas de Medicina, Biologia e Cirurgia, e debatia com médicos adultos qualquer tipo de tema ligado à Ciência Médica. Ele memorizou de cabeça dezenas de tratados médicos de medicina, anatomia, fisiologia e cirurgia, que são difíceis de ler até mesmo para os Especialistas veteranos destas áreas. Akrit solicitou e obteve uma autorização especial para acompanhar e assistir às cirurgias feitas no Hospital de Himachal.
Aos 7 anos de idade tornou-se o cirurgião mais jovem do mundo, quando a família de uma menina da sua aldeia solicitou a sua ajuda para realizar uma cirurgia. A Menina havia sofrido um acidente e queimado os dedos, que acabaram colando uns nos outros; Akrit apiedou-se da menina e realizou uma cirurgia extremamente bem-sucedida, que foi filmada e surpreendeu os médicos de todo o Mundo.
Tornou-se uma celebridade em toda a Índia, e foi convidado pelo Governo hindu para estudar na Universidade Punjab aos 11 anos de idade, em 2004.
Akrit logo demonstrou outros poderes, como o dom de Curar as pessoas apenas colocando as mãos sobre os seus ferimentos, que ele diagnostica instantaneamente as causas, graças à sua Memória Fotográfica, que identifica os sintomas psicobiofísicos de qualquer enfermidade, apenas olhando de relance os pacientes.


Hoje, ele é estudante da Universidade de Harvard, nos EUA, onde está no 2º ano de um curso de Bacharelado em Zoologia e Botânica; ao mesmo tempo continua com seus estudos autodidáticos sobre Medicina e outras áreas da Saúde.

O Sonho de Akrit é encontrar a cura definitiva para o Câncer e a AIDS, pois ele declara em suas palestras que já possui milhares de idéias extremamente criativas para a renovação completa da Medicina atual e para o Tratamento do Câncer.
Akrit cresceu vendo pacientes de câncer deitados à beira da estrada porque não podiam pagar pelo tratamento ou o hospital não tinha vagas. Agora, ele quer usar seu intelecto para diminuir esse sofrimento. "Eu tenho ido a hospitais desde os 6 anos, e tenho visto muito pessoa sofrendo com dor. Fico muito triste, e essa é minha motivação na medicina, minha paixão pelam cura do câncer."
Akrit surpreendeu o mundo todo ao dizer no programa televisivo da apresentadora Oprah que, com sua superinteligência, ele leu todos os tratados atuais de Oncologia e descobriu as falhas e limitações da atual pesquisa do Câncer; afirmou que ele possui a solução do Problema e que pode criar novos remédios e novas tecnologias de tratamento oncológico, mas que para isso precisa antes formar-se oficialmente como Médico e criar um centro filantrópico de estudos, para tratar gratuitamente os milhares de doentes da Índia. Com estas afirmações, tornou-se instantaneamente uma CELEBRIDADE nos EUA, conseguindo grandes doações e apoios para as suas pesquisas.
Mas antes Akrit deve convencer os cientistas de que suas idéias são realistas. Por isso, ele foi convidado a passar 2 semanas sendo testado e questionado na Imperial College, em Londres. O professor Mustafa Djamgoz, um biólogo renomado, e seu colega Mr. Anup Patel lideraram uma bateria de testes. Eles diminuem o hype em torno do garoto: "Akrit está tendo idéias baseadas no que ele conhece, de uma forma um tanto quanto idealística, sem estar inteirado da realidade, sem saber o quão difícil é pôr as idéias em prática".
Team Focus, os líderes em medir QI na Inglaterra, fizeram testes com Akrit. O resultado foi um tanto quanto desapontador. Seus excepcionais resultados em testes verbais e numerológicos foram anulados por pobres resultados nos testes práticos, especialmente na área de reconhecimento de padrões. Por conta disso, o Team Focus resolveu não lhe dar uma nota final. Isso poderia ser explicado pela educação diferenciada que teve, privilegiando temas mais avançados pra sua idade, às custas de coisas mais básicas.




Akrit não está só. Na Inglaterra a menina Elise, de apenas dois anos, possui um QI de 156, apenas quatro pontos abaixo de Albert Einstein. A menina junta as pontas dos dedos indicadores e dos polegares e a mãe, Louise, pergunta o que é: "Um triângulo equilátero", responde Elise. A mãe garante que nada tem a ver com a genialidade da filha, nem faz ideia onde é que a menina aprende aquelas coisas. "Ela apenas adora aprender. Não para".
Segundo jornal inglês "Mirror", Elise consegue soletrar o seu nome, ler algumas palavras, identificar três tipos de triângulo e outras formas geométricas, incluindo o hexágono, estrela, círculo, quadrado e rectângulo, citar 35 capitais mundiais, dizer o alfabeto, contar até dez em espanhol, até 20 em inglês, fazer operações matemáticas elementares, indicar vários animais pelos nomes e respectivos sons, entre outras proezas.
Elise se tornou a mais jovem membro do clube Mensa, que é exclusivamente para pessoas com alto QI (Quem Indica).


Conclusão:
Eu a cada  dia me convenço do quanto o mundo atual está precisando ser preparado para atender às expectativas destas crianças que nascem hoje, a começar pela educação.

"As inteligências dormem. Inúteis são todas as tentativas de acordá-las por meio da força e das ameaças. As inteligências só entendem os argumentos do desejo: elas são ferramentas e brinquedos do desejo".
Rubens Alves, em Cenas da Vida.

Devemos levar em consideração o histórico e habilidades da criança. Temos a teoria das inteligências múltiplas de Gardner que vem nos mostrar que "inteligência" não se resume no QI. No mundo  de hoje,  é preciso desenvolver uma percepção do pensamento humano mais abrangente daquelas aceitas pelos estudos cognitivos tradicionais, que vêem todo pensamento humano como uma luta pelo ideal do pensamento científico. Escolhi escrever o presente artigo a respeito das "Inteligências Múltiplas", para enfatizar um número desconhecido de capacidades humanas diferenciadas, variando desde a inteligência musical até a inteligência envolvida no entendimento de si mesmo e as implicações educacionais de tais descobertas. Uma consideração séria de ampla variedade de inteligências humanas que conduzem a uma nova visão de educação, sendo que a melhor maneira de compreender cada inteligência é concebendo-as como interrelacionadas, com possibilidade de existência de diferentes perfis intelectuais em diferentes grupos e sub-grupos; resgatando portanto uma nova postura para o educador e o respeito pelas diferenças.

Danúbia Rocha


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