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Resenha do livro: POSTMAN, Neil. O Desaparecimento da Infância. Tradução: Suzana Menescal de A. Carvalho e José Laurenio de Melo. Rio d...

Maravilhas da Musicalização Infantil



Para aprender música, não basta estudar a teoria. Colocar os olhos ou, nesse caso, os ouvidos no processo vivido pelos alunos pode ser tão ou mais importante que o resultado.O professor Elias Batista, da EM José Celestino Aranha, em Ubatuba, a 234 quilômetros da capital paulista, uniu as duas coisas sem a necessidade de comprar instrumentos musicais. Em aulas de percussão, a garotada de 3ª e 4ª séries explorou as possibilidades do próprio corpo batendo os dedos no antebraço, na boca, nas coxas. Depois, o batuque se estendeu para as carteiras e paredes da sala, propiciando à meninada uma percepção mais aguçada da diferença entre os timbres. A atividade foi aliada à leitura de partituras. Assim, a turma tinha dois desafios: descobrir a melodia de uma música com base nas notas escritas no pentagrama (pauta musical de cinco linhas) e encontrar sons graves e agudos que pudessem ser usados na execução dela. Além de refinar o ouvido dos estudantes, o “maestro” Elias trabalhou a independência rítmica, ou seja, a adequação motora a diferentes pulsações musicais. “Com a criatividade e os recursos que estão à nossa volta, fazemos música”, diz Elias. “Dá para tirar som de tudo. É só trabalhar a percepção.” A classe de Elias é tão bem “treinada” que arrasa em uma banda de percussão de instrumentos de sucata: a Escolata. 

Sequência de atividades 

1. PARTITURA E MELODIA 

Para ler uma partitura, é preciso conhecer escala e notação. Uma forma de ensinar isso é escolher uma música e escrever as notas dela em um pentagrama no quadro. É fundamental ainda saber a divisão musical. Reconhecendo o compasso de uma cantiga de roda (4/4), por exemplo, fica mais fácil marcar o ritmo. Para os alunos trabalharem os timbres, Elias escolheu uma melodia conhecida,Saudosa Maloca. 

2. AS BATIDAS E SEUS TIMBRES 

Reconhecida a melodia, é possível explorar o corpo e o que estiver por perto. Depois dessa sinfonia caótica, todos sugerem batidas e a classe avalia o som emitido. A meninada, orientada pelo professor Elias, batucou com as mãos nas coxas, no peito e nas carteiras, além de bater os pés no chão. 

3. SONS GRAVES E AGUDOS 
O aprendizado avança com a diferenciação dos timbres. Quais são graves e quais são agudos? Os alunos de Elias perceberam que a batida dos pés no chão produzia um dos timbres mais graves, e as palmas, um dos mais agudos. E mais: bater a mão na carteira emite um médio agudo, e no peito, médio grave. 

4. ARRANJO BEM MONTADO 

Para juntar todos esses sons em um arranjo que se encaixe à melodia, o professor deve separar os alunos em grupos responsáveis por determinados sons. Todos devem manter o compasso, marcando o ritmo segundo o tempo da batida. No fim, a turma de Elias já tinha uma visão geral da estrutura musical, o que levou ao interesse maior pelas partituras e ao bom desempenho à frente da banda de percussão.  
Revista Nova Escola


http://revistaescola.abril.com.br/educacao-infantil/0-a-3-anos/ritmo-aprendizado-428207.shtml

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