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Resenha do livro: POSTMAN, Neil. O Desaparecimento da Infância.

Resenha do livro: POSTMAN, Neil. O Desaparecimento da Infância. Tradução: Suzana Menescal de A. Carvalho e José Laurenio de Melo. Rio d...

BRINCAR NÃO É BRINCADEIRA!




Brincar ... nos preocupamos com tantas coisas que permeiam o universo complexo do desenvolvimento humano, e muitas vezes banalizamos uma das ferramentas pedagógicas mais antigas e eficazes da história da humanidade: O Brincar.
Ao ler uma reportagem no site do Estadão, pude constatar o que já é nítido em nossa sociedade: Nossas crianças estão brincando cada vez menos, e cada vez mais dependentes dos adultos. O que vem a ser sinônimo de consultórios psiquiátricos cheios e de muito trabalho para os terapeutas.
Desde os tempos mais longínquos, o ser humano interage com o meio e com os seres vivos aprendendo e evoluindo. A humanidade brincava muito antes de aprender a escrever, e que jogos como cinco-marias já eram conhecidos na Pré-História. "Desde que existem crianças, existem brinquedos", diz Cristina Von, autora de A História dos Brinquedos (Ed. Alegro). "Brincar é parte essencial da formação do ser humano." Na atividade lúdica, a criança descobre o corpo, aprende a se socializar, a resolver problemas, a imaginar. As brincadeiras de antigamente não são muito diferentes das atuais. "Fiquei surpresa ao perceber que as coisas mudaram tão pouco", afirma a escritora e pesquisadora Deborah Jaffé, integrante do comitê do museu da infância Victoria & Albert, de Londres.

Abaixo algumas curiosidades sobre os brinquedos na história:

Assoprar, pular e jogar:
Cinco-marias, nécara, jogo-do-osso. Três nomes diferentes para a mesma brincadeira pré-histórica: lançar uma peça para o alto e, antes que ela atinja o chão, pegar outra. Na Antiguidade, os nobres usavam pepitas de ouro, pedras preciosas, marfim ou âmbar. Já a amarelinha evoluiu do jogo-dos-odres, praticado em Roma. Os participantes saltavam com um pé só sobre sacos feitos com pele de bode, untados com azeite. Nessa época, canudos de palha eram usados para assoprar bolinhas-de-sabão. A prática foi popular na França no século 17, onde recebeu o nome de bouteilles, por causa da garrafa que guardava uma mistura de água, sabão e açúcar.

Querida dona redonda:
Um dos brinquedos preferidos de todos os tempos, a bola era feita de bambu, no Japão, e de crinas de animais, na China, 6 500 anos atrás. Romanos e gregos faziam as suas de bexiga de boi, couro ou penas. A bola de futebol chegou ao Brasil com o jogo, em 1894. O brasileiro Joaquim Simão fez a primeira na cor branca.

Pequenas moças:
Estatuetas de barro são fabricadas desde a Pré-História. Mas foi no Egito, há 5 mil anos, que as bonecas deixaram de ser ídolos religiosos para se tornarem brinquedos. Na Grécia e em Roma, algumas tinham cabelo de verdade. Esta, de madeira, é europeia (1680). As casinhas de boneca foram criadas em 1558, na Alemanha.

O ursinho do presidente:
Os bichos de pelúcia existem desde o século 19. O mais famoso é o teddy-bear, o ursinho. Durante uma caçada, em 1902, o presidente americano Theodore Roosevelt se recusou a abater um urso ferido por outro participante. Disse que seria uma atitude antiesportiva. A história virou cartum num jornal popular e inspirou Morris Michtom a criar um brinquedo novo: "o urso de Teddy", o apelido de Roosevelt.

Podemos observar que a história dos brinquedos se confunde com a história da humanidade. É de extrema importância o ato de brincar no desenvolvimento emocional, cognitivo e motor da criança. A socialização também é um fato muito relevante.
Hoje, as crianças quando brincam, brincam pouco. A "falta" de tempo para os filhos ainda é e ainda será uma das principais causas da carência e insegurança presentes nos adolescentes, homens e mulheres que chegarão aos consultórios. É cômodo deixar as coisas como estão, falo isto por ser mãe, mulher que trabalha e estuda como a maioria, mas o preço a se pagar por uma geração de jovens "perdidos" é muito alto. Há uma necessidade urgente em começar a modificar os nossos hábitos. Não é retroceder, mas tentar adaptar sim, nossa rotina para melhor educar os pequenos. Se você só tem uma hora para brincar com seu filho que esta hora seja somente para ele, com qualidade. A criança precisa saber que é amada, que é especial. Não é somente de brinquedos novos e bens materiais que as crianças precisam, elas querem sua companhia, ser ouvidas. A afetividade e o vínculo familiar é estabelecido nos momentos de interação com a criança. Estudiosos criticam o papel avassalador das mídias principalmente a TV, por influenciar as crianças a uma erotização precoce, consumismo exacerbado e a maus hábitos alimentares, estou de acordo, mas não podemos nos esquecer que todo este aprendizado precisa ser introduzido bem cedo, não só na escola, e sim em casa, a escola tem o papel de reforçar estes conceitos. Se você mostrar ao seu filho o que é bom, certamente ele será menos bombardeado pela mídia e pela Indústria. É tudo uma questão de reeducação. Reeducar primeiramente a nós para que possamos promover um crescimento integral de nossas crianças. Vamos buscar alternativas, existem muitas coisas legais para se fazer em sua cidade, que ir ao Shopping, a um Fastfood. Se possível ar livre, brincadeiras que incentivem o grupo, a interação. Existem programas culturais e oficinas de confecção de brinquedos, bibliotecas e brinquedotecas. Sair da rotina ajuda muito. Uma aula de culinária em casa mesmo já é muito animada, eu já os levei para a cozinha para fazermos comidinhas.... é diversão na certa.
Mas se falta ainda inspiração, o MEC desenvolveu um projeto muito interessante chamado:  “Brincar Para Todos. É uma cartilha onde pais e professores podem encontrar sugestões de atividades lúdicas para se desenvolver com as crianças. O Link para baixar o arquivo é:http://portal.mec.gov.br/seesp/arquivos/pdf/brincartodos.pdf

Vamos brincar?


Danúbia Rocha

Fontes:http://guiadoestudante.abril.com.br/aventuras-historia/confira-evolucao-jogos-brincadeiras-ao-longo-historia-685922.shtml

http://www.estadao.com.br/noticias/geral,criancas-brincam-menos-e-ficam-dependentes-dos-adultos-e-da-tecnologia-imp-,666833

9 horas de músicas relaxantes

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